segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CEARÁ RECEBE PRIMEIRA FÁBRICA DE PLACAS FOTOVOLTÁICAS

A cidade de Horizonte, a 40 km de Fortaleza, no Ceará, vai abrigar a primeira fábrica de produção de placas fotovoltaicas do país. Após um ano de negociações e espera pelo licenciamento ambiental, foi concedida a licença prévia pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para início das obras da Energia Solar Brasileira (Esbra).

A empresa, cujo custo total estimado é de aproximadamente R$ 70 milhões, tem como sócios os investidores Nelson Estevan Seidl, brasileiro que vive nos Estados Unidos, e José Almeida Júnior, baseado no Ceará. A fase inicial do projeto prevê investimentos de R$ 13 milhões, segundo Aécio Gonçalves, diretor da Pentagonal Consultoria e Investimentos, empresa que assessora o projeto. Parte do investimento será feito por meio de financiamento com o Banco do Nordeste.

A contrapartida do governo e da prefeitura de Horizonte, segundo a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará para Energias Renováveis (Adece), foi a doação do terreno, além de incentivos fiscais e qualificação da mão de obra. Inicialmente, a Esbra vai apenas montar os painéis solares, importando boa parte dos componentes. A segunda etapa consiste na fabricação de boa parte dos componentes. A ideia é que a companhia detenha a tecnologia necessária para fazer a extração do silício para a fabricação das células dos painéis. A fábrica deve funcionar em 2011.

A fabricação local de painéis fotovoltaicos pode facilitar a vida de quem tenha planos para montar usinas solares no país. A MPX Energia, empreendimento do empresário Eike Batista, buscou tecnologia importada para iniciar as operações daquela que será a primeira usina de geração comercial de energia solar do país.

Os 4,4 mil painéis fotovoltaicos comprados pela MPX são fabricados pela chinesa Yingli. Ao contrário do que acontece no setor de energia solar térmica, com cerca de 200 fabricantes no país, a indústria de equipamentos fotovoltaicos, usados para geração de energia elétrica, é incipiente. Fora do país, a MPX analisou a tecnologia de oito fornecedores. "Além da qualidade, os chineses foram imbatíveis no preço", comenta Lucio Coelho, gerente de implantação de empreendimentos da MPX.

Nesta semana, a MPX iniciou as obras de terraplenagem na área de 12 mil metros quadrados onde será montada a MPX Tauá, também no Ceará. O projeto de R$ 10 milhões terá capacidade inicial de geração de 1 megawatt (MW), suficiente para suprir de energia 1,5 mil casas. A usina já conseguiu licença ambiental da Semace e autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para gerar 5 MW. A distribuição de energia está prevista para março de 2011.

Há uma expectativa de que o governo cearense faça uma chamada pública ainda neste ano para compra de energia solar, afirma Coelho. Sem apoio público, a conta das usinas solares ainda não fecha. Apesar de ser uma das fontes alternativas mais limpas, sua produção ainda custa caro. Enquanto o megawatt/hora de uma hidrelétrica custa cerca de R$ 100, a solar é negociada por cerca de R$ 600.


De Dilma 13 Presidente

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