terça-feira, 24 de abril de 2012

PT DE COREAÚ E OS PRAZOS ELEITORAIS

Em atendimento ao que determina o Estatuto do Partido dos Trabalhadores e ao Regulamento das Prévias e Encontros 2012, aprovado pelo Diretório Nacional em 02/12/2011 e alterado pela CEN em 13/12/2011, o Partido dos Trabalhadores de Coreaú, através da CEM (Comissão Executiva Municipal), deverá abrir a partir de 30 de abril de 2012, prazo de inscrição de pré-candidaturas a Prefeito, que deverá se estender por, no mínimo, 5 (cinco) dias úteis. A CEM somente examinará pedido de inscrição de pré-candidatura a Prefeito quando acompanhado do apoio subscrito de, no mínimo, 10% (dez por cento) do número de votantes no PED 2009, realizado no município. 

Já o período de inscrição de pré-candidaturas a vereador deverá ser iniciado também no dia 30 de abril de 2012, estendendo-se por, no mínimo, 14 (quatorze) dias. A CEM somente examinará pedido de indicação a pré-candidatura a vereador se vier acompanhada de assinaturas ou votos favoráveis de, no mínimo 3 (três) membros do Diretório Municipal; ou de 2,5% (dois vírgula cinco por cento) do total de filiados que participaram do último Encontro realizado no município.

No ato da inscrição o pré-candidato deverá: comprovar estar filiado ao Partido até o dia 07 de outubro de 2011; estar quite com as contribuições financeiras discriminadas no Capítulo VIII deste Regulamento, inclusive débitos passados; assinar o “Compromisso Partidário do Candidato Petista”, que deverá ser registrado em cartório, para atestar, expressamente, que está previamente de acordo com as normas e resoluções do Partido, tanto em relação à campanha quanto ao exercício do mandato, bem como com o conteúdo estabelecido neste Regulamento. 

Os Encontros Municipais para definição dos candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores serão realizados observando-se um intervalo mínimo de 14 (quatorze) dias após a Prévia, quando houver, e não ultrapassando a data de 10 de junho de 2012. 

A pauta dos Encontros deverá conter, no mínimo, os seguintes pontos: Diretrizes do Programa de Governo Municipal; Diretrizes de atuação legislativa; Política de alianças; Escolha de candidatos a prefeito, vice e vereadores. 


sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Moralismo, o Aborto, a Hipocrisia

O moralismo, disfarçado ou declarado, pode em muito atrapalhar a agenda pública na abordagem a algumas questões sociais graves. Um caso exemplar, e talvez o mais polêmico, é o da descriminalização do aborto. 

Vem-se esquecendo, sistematicamente, dos milhares de mulheres que, sem assistência específica dos órgãos da Saúde, colocam suas vidas em risco ao realizarem abortos em clínicas clandestinas ou mesmo em casa, através de métodos desumanos, indo desde a ingestão de chás tóxicos até a intervenção cirúrgica sem qualquer cuidado higiênico e de procedimento médico. Tantas mulheres não resistem e perdem suas vidas junto à dos fetos. 

A mulher que se vê impelida a praticar o aborto geralmente não passa por uma situação psíquica e/ou social confortável! Uma gravidez inesperada pode acarretar um desespero descomunal, a depender do contexto. A última coisa a se fazer num momento desta natureza é condenar a mulher, demonizando-a, tratando-a feito uma assassina! 

Não há quem mais preze pela vida de um filho que sua própria mãe! E não há dentre os homens quem seja mais digno de escolher seguir ou não uma gravidez que a própria grávida! Em casos de transtorno, como quando a mulher sente repulsa à gravidez (situação passível de acompanhamento terapêutico) é necessário apoio para que ela esteja realmente lúcida da escolha, que nunca é (nenhum pouco) prazerosa ou recompensadora. O aborto sempre deixa suas marcas na mulher, e não são boas marcas. 

Não sou a favor do aborto, e nem serei! A questão não é esta! Os abortos seguirão acontecendo, como sempre aconteceram durante toda a história humana, e as mulheres morrendo nestes procedimentos, enquanto a hipocrisia venda os olhos de muitos que fingem que nada está acontecendo. 

Sou a favor da vida! A reprodução da vida é indispensável! A vida das mulheres que se veem impelidas ao aborto, porém, deve ser vista em sua extrema importância, também! Seu direito de escolha deve ser respeitado, assim como seu corpo! 

Se as mulheres fossem amparadas pelo Estado, tendo uma atenção psicossocial no sentido de localizar os pontos de fragilidade e trabalhá-los sempre com direção à preservação da vida, para que, somente após este acompanhamento, a mulher optasse fazer ou não o aborto, e que, caso a escolha fosse a de fazer, houvesse uma estrutura para o procedimento seguro, teríamos uma redução considerável dos óbitos de mulheres e de complicações pós-aborto. 

E isso não implica o aumento de abortos! Não significa naturalizar o aborto! Reitero, a mulher em situação normal quer mais é ter a criança, e se ela realmente não quiser tê-la, de um jeito ou outro vai tirá-la! 

É necessário que nestes debates o que valha seja a argumentação e não a apelação. Distorce-se a situação de modo extremamente tendencioso e mal-intencionado, mexendo logo na ferida do povo, que é a sua religiosidade. Para além das crenças pessoais, temos que nos ater, em políticas públicas, para aquilo que efetivamente é melhor para o bem viver das pessoas, todas elas! 

Benedito Gomes Rodrigues

domingo, 15 de abril de 2012

Indícios de Seca Verde em nosso Sertão

Meados de abril, algumas plantações em plena floração... Mas, cadê a chuva? 

Ao evento em que a quantidade e distribuição das precipitações são suficientes para enverdecer o mato, porém insuficientes para suprir as demandas agrícolas, costuma-se chamar de "Seca Verde"; isto é, cria-se biomassa (sobretudo folhagem) porque no pico de desenvolvimento desta há chuva, só que ao chegar, no entanto, o tempo da floração e frutificação falta água. Para temor e tristeza do povo, representa perda de praticamente todo o investimento em trabalho na roça, desde a preparação do solo, plantio e capinas.

No início do ano, as previsões da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) já apontavam a maior possibilidade de chuvas abaixo ou dentro da média histórica. O inverno começou atrasado. Muitos produtores que anteciparam o plantio, motivados pelas primeiras pancadas de chuva localizadas, perderam as sementes. Após o dia de São José (equivalente ao Equinócio de Outono, em termos climáticos), para esperança dos agricultores, houve boas chuvas em nossa região. Agora, estende-se um período estiado. 

Os preços de alguns produtos alimentícios da região já começam a se elevar muito, sobretudo o feijão. Quem sofre não são somente os agricultores familiares, é toda a população, que consome os frutos desta atividade.

Resta a esperança que as chuvas reapareçam, propiciando minimização dos prejuízos. O sofrido sertanejo roceiro se reserva à fé de que Deus ouvirá suas preces e mandará chuva para encher de fartura sua mesa, enquanto há tempo. Caso não ocorra chuva, reforcemos o aviso aos órgãos competentes que deem um amparo rápido e eficaz aos trabalhadores camponeses.

Benedito Gomes Rodrigues

quinta-feira, 12 de abril de 2012

As Contas Públicas e a fiscalização do povo

Um dos pontos mais essenciais para a efetivação de uma Democracia – popular e verdadeira – é a Transparência. Transparência é informar o que entra e sai em recursos financeiros (para onde foi, gasto em que, como...) da máquina pública, em suas diferentes escalas, ao povo. 

Tivemos grandes avanços nesse sentido em terras brasileiras. Há, e não é de agora, os Tribunais de Contas (fiscalizadores dos recursos do Estado) e estes, por sua vez, vêm desenvolvendo plataformas online, os “Portais da Transparência”, onde os municípios, Estados e União, expõem seus orçamentos a todo e qualquer cidadão que os possa acessar pela internet. 

É uma pena, porém, que mesmo assim, ainda persistam falhas no Sistema. Ora, antes que as informações cheguem ao Portal da Transparência, elas passam pelo crivo de funcionários da área de finanças nas esferas de Governo, que têm o controle das despesas e receitas, e estes, porventura, têm relação com a boa ou má vontade de seus “chefes” (gestores) e podem atribuir valores infiéis à realidade. Só em caso de denúncia, com uma fiscalização mais localizada, é que se esmiuçarão mais as tais contas. 

As brechas ainda existem, e o que não falta é gente para utilizá-las segundo seus interesses, em detrimento aos do Povo. Mas, façamos valer nossa responsabilidade enquanto cidadãos, e nos informemos acerca das Contas Públicas. O Portal da Transparência dos Municípios do Ceará fica localizado neste endereço: http://www.tcm.ce.gov.br/transparencia/

Dê uma olhada, fiscalize, expanda a fiscalização para além, também, destes horizontes limitados, e, enfim, exerça o papel de um cidadão crítico e atuante!

Benedito Gomes Rodrigues

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Preconceito aumenta risco de depressão, diz estudo

Carta Capital - O preconceito pode estar levando jovens homossexuais a casos de depressão e suicídio. Pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Médicas da Unicamp constatou que homossexuais têm tendência maior a desenvolver transtornos mentais em relação a jovens heterossexuais da mesma faixa etária. A discriminação, sobretudo por parte da família, é um fator de risco para o aumento desses casos.

Isso porque o adolescente ainda necessita da proteção do ambiente familiar e mimetiza seus valores. Assim, quando rejeitado, acaba internalizando o preconceito sofrido e se auto-discrimina por sua orientação sexual.

“Nos adolescentes, isso funciona de forma mais grave porque ainda está num momento crítico de construção da individualidade”, afirma Daniela Ghorayeb, autora do estudo e PhD em saúde mental pela Unicamp. A pesquisa faz parte de sua tese de doutorado, que deu sequência a um estudo anterior sobre a saúde mental dos adultos homossexuais.

Cerca de 67% dos entrevistados afirmaram sentir vergonha de sua orientação sexual. E, enquanto nos adultos a religião e pressões da sociedade são os fatores que induzem a esse tipo de sentimento, sobretudo entre as mulheres, nos adolescentes entre 16 e 21 anos é o medo de frustar a família o que mais pesa. “Acho que até já tive raiva de mim, mas não era só ser gay, era muita coisa junto”, diz um entrevistado.

Além disso, 35% dos pesquisados apresentaram depressão e 10%, risco de suicídio. Já entre os heterossexuais, apenas 15% sinalizaram quadro depressivo e nenhum caso de tentativa ou intenção de se matar. Por sua vez, quando a homossexualidade do jovem é bem recebida pela família, e a proteção aumenta, diminuem os riscos de transtornos mentais. “Pior porque passei por muita coisa e melhor porque enfrentei, mesmo com a depressão, eu só me trancava, chorava, não queria nada, foi horrível, aí sou melhor porque tá passando”, declara um dos participantes, em trecho da pesquisa.

Segundo Ghorayeb, muitos adolsecentes afirmaram terem sido impedidos de exercer afetividade e terem medo de serem agredidos fisicamente e verbalmente. “Alguns adolescentes, a partir de um certo horário, não andam na rua. Não anda porque sabe que existe iminência de violência física”, explica a pesquisadora. Tanto a falta de liberdade para expressar sentimentos quanto o risco de agressão tem efeito negativo na saúde mental e qualidade de vida das pessoas. No último mês, uma criança de 12 anos cometeu suicídio depois de sofrer “bulling” na escola por conta de sua orientação sexual, em Vitória (ES).

Ghorayeb comenta que no exterior existem cada vez mais pesquisas para mensurar o quanto o preconceito pode interferir na saúde mental de jovens. Há também um cuidado, em alguns lugares, de se proporcionar tratamento na rede de saúde tanto para os adolescentes quanto para a família, que recebe parte desse impacto. No Reino Unido, nos centros de saúde públicos, há profissionais especializados no tema para auxiliar na orientação familiar. Aqui no Brasil, este é o segundo estudo que cruza homossexualidade e saúde mental, sendo o primeiro a sua tese de mestrado.

Na rede de saúde, não existe nenhum tipo de auxílio especializado para estes casos. “É necessário divulgar para a comunidade acadêmica melhorar a formação dos profissionais de saúde nesse sentido”, afirma Ghorayeb.

A pesquisa considerou apenas os homossexuais que assim se definiram. Além disso, por conta da dificuldade de se conseguir voluntários com esse perfil, por conta da discriminação, a pesquisadora utilizou a técnica de recrutamento denominada “snowball sampling”. Cada entrevistado indicava outros cinco que correspondiam ao perfil.

Por conta disso, o público foi bastante homogêneo e não teve abrangência de diversas classes sociais. A média de renda familiar foi entre cinco mil e sete mil reais. A maioria tinha planos de ingressar no ensino superior. “Se pesquisar outra faixa de renda, vai se chegar a resultados bem diferentes”, afirma Ghorayeb.

Perfil

Minha foto
Coreaú, Ceará, Brazil

Visualizações de página