A visita da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ao Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, na zona norte do Rio de Janeiro, causou tumulto no pavilhão de São Cristóvão, na manhã de ontem.
Dezenas de jornalistas, centenas de militantes, eleitores da petista e curiosos se espremeram pelos estreitos corredores da feira, tentando acompanhar a candidata. Ela estava com o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, e os candidatos ao Senado Lindberg Farias (PT) e Jorge Picciani (PMDB).
O plano inicial da comitiva era passear pelo pavilhão, cumprimentar eleitores e sentar numa mesa para provar algumas comidas típicas.
Nada disso, no entanto, foi possível, e Dilma foi direto de um lado ao outro da feira, ficando menos de dez minutos no local.
Segundo os donos de barracas, que não tiraram as mesas do caminho para a passagem dos candidatos, a organização da feira não os informou sobre como seria a visita da candidata. Um foguetório deixou a curta passagem ainda mais confusa.
“Parecia uma manada de bois”, afirma José Roberto Mendes, 56, dono da barraca Olho D’água, que disse ter decidido votar em José Serra (PSDB) após a tumultuada passagem da candidata do PT.
Wellington Bonfim, 31, gerente da barraca Aconchego, disse que um membro da campanha de Dilma deu R$ 30 a ele para cobrir o prejuízo de mesa, cadeira e pratos quebrados quando a comitiva passou pelo local.
O garçom Gláucio dos Santos, 22, eleitor de Dilma, disse que a culpa da confusão foi da imprensa. “Eles saíram empurrando todo mundo. Nem deu pra ver a Dilma”, disse.
Ao chegar, Dilma fez um breve discurso, falou sobre propostas para a cultura e que esperava que houvesse um debate de alto nível e propositivo na TV Record, programado para a noite de ontem. A petista tem 45% das intenções de voto no Estado do Rio, segundo a última pesquisa Datafolha. (da Folhapress)
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