"Esta Lei marca a participação da responsabilidade do cidadão
naquilo que o incomoda: a corrupção.
Tenho insistido que não é
possível se desfazer, ignorar ou desprezar a política. Por que se a
política não vai bem, os
políticos não são bons, os que estão lá fomos nós
que colocamos. É nossa
responsabilidade, de cada um de nós, fazer com que pessoas de bem
estejam nos cargos.
Nós temos o compromisso
permanente de fazer com que a política melhore", ministra Carmén Lúcia,
presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
A palavra "política" vem de
polis, ou seja, a comunidade política que interage em sua cidade. A
política
deveria ser o meio pelo qual
o cidadão (eu, você...) pudesse melhorar suas condições de vida
e de convivência social, onde
mora, estuda, trabalha, relaciona-se com outras pessoas e se diverte.
Se a política for entendida
e praticada assim, ela começará a fazer sentido para nós e
para as pessoas com quem nos
relacionamos. Desse modo, todos nós teremos um grande interesse por
ela.
Você também poderá encontrar uma maneira de perguntar aos candidatos. Se responderem que sim,
que estão comprometidos com essa agenda de mudança da política, como é que você vai
saber se eles estão sendo honestos e sinceros?
Isso você só vai saber
depois. Mas se eles o enganarem, você já saberá com que tipo
de pessoas está lidando. E
nunca mais dará seu voto a esses políticos. Você também
poderá exigir que os
candidatos que querem seu voto assinem um compromisso em prol dessas
mudanças. É
claro que eles poderão romper
com o compromisso, mesmo tendo colocado sua assinatura em um documento,
mas
você terá uma prova
para pressioná-los. Você poderá denunciá-los nos meios de
comunicação.
Você poderá publicar - em
um blog, uma comunidade de um site de relacionamento - o documento
assinado
pelos que não honraram o
compromisso estabelecido. Você poderá até mesmo criar uma plataforma
digital de rede social para
divulgar tudo isso, conectando outras pessoas descontentes com tal
comportamento. Ainda
é pouco, todos sabemos, mas é
melhor do que nada. E é possível que tudo isso acabe, em breve,
tendo um efeito maior do que
imaginamos. O poder das redes ainda é desconhecido em grande parte.
Voto responsável é aquele
que se exerce a partir de uma avaliação criteriosa do eleitor
sobre a efetividade do
compromisso do candidato com a Ética na Política, com a Defesa da
Democracia e com
a Promoção do Desenvolvimento.
É fundamental votar bem,
votar responsavelmente. Mas isso não basta. É necessário, após
a eleição, fiscalizar e
acompanhar permanentemente a atitude daqueles que foram eleitos,
cobrando os
compromissos que assumiram
durante a campanha.
Estamos agora diante de uma
oportunidade excelente para conhecer melhor os programas dos candidatos
e verificar seu
compromisso efetivo com a
Ética, com a Democracia e com o Desenvolvimento. Cabe a nós, agora - e
só
a nós, eleitores - assegurar
que a política seja valorizada, que as instituições públicas
não continuem a
ser degeneradas pela corrupção, que o Estado não seja aparelhado
por grupos
privados, econômicos ou
partidários, que o país escape das armadilhas populistas, recuse o
assistencialismo
e o clientelismo e adote
políticas que favoreçam o crescimento e impulsionem o desenvolvimento
humano
e social sustentável.
Fonte: Rede de Participação Política
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