A aliança de direita que perdeu as eleições no país começa a se desmanchar. A série de atritos entre os partidos conservadores que apoiavam a candidatura de José Serra (PSDB-SP) teve seu clímax com a escolha do deputado Índio da Costa (DEM-RJ), sob os protestos de tucanos até do Rio de Janeiro, domicílio eleitoral do concorrente derrotado à Vice-Presidência da República. Serra demorou meses até se decidir por honrar o acordo com a leganda de extrema-direita, que ameaçava, em plena campanha eleitoral, abandonar a coligação do “Brasil pode mais”.
Neste sábado, porém, o presidente nacional do DEM, o deputado Rodrigo Maia (RJ) disse a jornalistas que a “prioridade” de seu partido para 2014 é o lançamento de um presidenciável próprio, colocando um fim no agrupamento de legendas que seguiu para a derrota com o candidato Serra.
– DEM e PSDB devem construir os seus projetos em conjunto, mas em vias paralelas. Juntos no Congresso e nas eleições municipais de 2012, mas cada em condições de chegar a 2014 com candidatos próprios – afirmou.
Segundo Maia, filho do candidato derrotado ao Senado Cesar Maia, “o eleitor decidiu pela continuidade”, o que parece credenciar os integrantes da oposição a disparar seus mísseis contra a recém-chegada ao Palácio do Planalto.
– Voto (foi) no Lula, não na Dilma. É o terceiro mandato do Lula por meio da Dilma. Legítimo. Entraremos no nono ano do governo Lula. É um governo velho. Por isso, a oposição não deve aguardar. A Dilma prometeu 1 milhão de casas. Entregou 200 mil. Prometeu mais 2 milhões. Vamos cobrar 2,8 milhões de casas. O PAC registra execução de 40%. Vamos cobrar os outros 60%. Não se justifica esperar três meses. Lula disse que só fez um bom governo por causa da Dilma. Se é assim, ela vai tocar tudo já no dia 2 de janeiro – disparou.
Rodrigo Maia acrescenta que a prioridade do DEM, no atual momento, é tentar reciclar o que restou do partido nas urnas.
– Nossa prioridade é dar sequencia à renovação do partido, iniciada em 2007. O DEM deve ter a coragem de expor com clareza as teses que defende. Aprofundaremos nossas posições em temas como saúde, segurança pública e redução da carga tributária – concluiu.
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