O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa (na foto acima), e o delegado Alessandro Moretti informaram hoje que jamais houve qualquer envolvimento da campanha de Dilma Rousseff com a quebra de sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB. Segundo eles, a investigação está em fase de conclusão e não existe vínculo do caso com a disputa eleitoral de 2010.
A PF esclareceu que os dados fiscais dos tucanos e seus parentes foram obtidos pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, durante a apuração de uma reportagem para o jornal Estado de Minas. Segundo o repórter, todas as despesas para obter informações foram custeadas pelo jornal mineiro - que, no final de 2009, recebeu cópia de todos os dados levantados.
Amaury Ribeiro disse à Polícia Federal que iniciou sua investigação quando soube, em 2007, que um grupo de inteligência ligado ao deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) e, consequentemente, ao então governador José Serra (PSDB) estaria monitorando o governador mineiro Aécio Neves.
O jornalista recebeu os dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB no dia 8 de outubro de 2009. Essas informações foram obtidas por meio de despachantes que fazem trabalhos na Junta Comercial de São Paulo. Amaury Ribeiro trabalhou no jornal Estado de Minas até o final de 2009.
“O jornalista afirma que iniciou a investigação para identificar quem eram essas pessoas e afirma que era funcionário do [jornal] Estado de Minas. Ele iniciou um processo de investigação para detectar quem era o grupo e tinha os suspeitos ligados a Marcelo Itagiba que, conforme suas fontes, trabalharia para José Serra”, explica Moretti.
Perguntado pelos jornalistas, o delegado não informou se o trabalho de Amaury Ribeiro fazia parte de uma disputa interna do PSDB entre Aécio Neves e José Serra. A polícia ainda está investigando o caso e, durante 120 dias, foram ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em sete indiciamentos.
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