Candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff reafirmou, nesta sexta-feira, que seu governo será de continuidade às açõesiniciadas presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
– Vai ser um outro governo. Obviamente na sequência dos dois primeiros do presidente Lula, um governo que tenha a mesma inspiração de qual é o projeto que vamos desenvolver. Eu tenho certeza de que o presidente Lula, no que puder, vai me ajudar, estando de fora do governo – disse após o último debate entre presidenciáveis, promovido pela TV Globo.
A ex-ministra da Casa Civil não quis comentar se haveria espaço para a candidata Marina Silva e o PV em um possível governo seu.
– Agradeço ao candidato Serra, à candidata Marina e ao candidato Plínio pelo fato de termos mantido um nível tão elevado neste debate. Mas enquanto não houver a eleição, não se especula sobre isso, porque é um desrespeito com o eleitor. Quando fechar as urnas, quem for eleito pode comentar o que fará no governo, a partir do dia 4 de outubro – afirmou.
Dilma falou ainda sobre a crise política no Equador, que enfrenta momentos de tensão. Mais de 800 militares da tropa da Polícia Nacional do Equador se rebelaram na véspera, em Quito, em protesto à suspensão do pagamento de bônus, gratificações e promoções. Eles chegaram a manter o presidente Rafael Correa refém por algumas horas no Hospital da Polícia de Quito. Ele já foi retirado do local.
– Eu espero que se mantenha a ordem democrática e a normalidade. Que o presidente eleito tenha suporte e que se mantenha no governo – pontuou.
Festa petista
O PT ainda busca o melhor local, na Capital Federal, onde o presidente Lula e Dilma, no domingo, vão acompanhar a marcha da apuração. Coordenadores da campanha petista consideraram inadequado que ambos acompanhassem a abertura das urnas na residência oficial do presidente, o Palácio da Alvorada.
O resultado final, segundo previsões do Tribunal Superior Eleitoral, por volta da meia-noite deste domingo o país já conhecerá seu novo presidente, mas as pesquisas mais recentes sobre a intenção de voto mostram que Dilma tem a maioria dos votos válidos em 16 Estados, que a elegeriam no primeiro turno. Ainda de acordo com os institutos de opinião, em apenas quatro Estados e no Distrito Federal, Dilma não teria votos suficientes para encerrar a disputa no domingo, pois seu percentual não supera a soma dos percentuais de seus adversários.
A apenas dois dias para as eleições, o cenário da disputa presidencial permanece estável, dando à candidata do PT, em nível nacional, 55% dos votos válidos no tracking Vox Populi/Band/iG. A conta, que exclui os votos nulos e em branco, mantém a perspectiva de uma vitória da petista ainda no primeiro primeiro turno, segundo o Vox Populi. Se a eleição fosse hoje, o tucano José Serra teria 29% dos votos válidos e a candidata do PV, Marina Silva, 13%. Para vencer no primeiro turno, a candidata do PT precisa obter 50% dos votos válidos mais um.
Quando é analisado o total de intenções de voto, Dilma continua com 49%, mesmo patamar registrado nos últimos cinco dias. O candidato do PSDB, José Serra, aparece na segunda colocação, mantendo 26% da preferência do eleitorado, mesmo índice registrado na medição de ontem.
Marina também continuou com 12% das intenções de voto na medição de hoje, mesmo patamar do dia anterior. Os outros candidatos, juntos, alcançaram 1% dos entrevistados pelo instituto. Ainda segundo o Vox Populi, 4% dos entrevistados pretendem votar em branco no próximo domingo e 8% se declaram indecisos.
O maior avanço de Dilma na comparação com a medição de ontem foi no Sul, onde ela passou de 46% para 49%, oscilando além da margem de erro. Nessa mesma região Serra passou de 36% para 32% e Marina se manteve com 6%. O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 27.428/10.
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