Aumento da produção, puxado pelo
pré-sal, traz resultado surpreendente para o Brasil no momento em que a
Petrobras é atacada por todos os lados; dados da Secretaria de Comércio
Exterior divulgados nesta segunda-feira, 2, mostram que as exportações de
petróleo do Brasil superaram as importações no primeiro bimestre de
2015; exportações de petróleo somaram US$ 1,865 bilhão em janeiro e
fevereiro do ano; montante representa alta de 5,3% na média diária, quando
comparado ao mesmo período de 2014; sob o comando de Aldemir Bendine, Petrobras
começa a mostrar indicadores positivos
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As exportações de petróleo do Brasil superaram as
importações do produto feitas pelo país no primeiro bimestre de 2015, enquanto
as compras externas de combustíveis e lubrificantes caíram ante 2014 em meio a
preços menores, informou a Secretaria de Comércio Exterior nesta segunda feira,
2.
As
exportações de petróleo somaram 1,865 bilhão de dólares nos dois primeiros
meses do ano, alta de 5,3 por cento na média diária, quando comparado ao mesmo
período de 2014.
Já as
importações da commodity somaram 1,083 bilhão de dólares no mesmo período,
queda de 56,9 por cento na média diária em relação a janeiro e fevereiro do ano
passado.
O
movimento acontece em um momento em que a Petrobras aumentou a produção de
petróleo no país, que somou 2,192 milhões de barris de óleo em janeiro, alta de
14 por cento ante o mesmo mês do ano passado.
Outras
petroleiras, especialmente as estrangeiras que atuam no país, também estão
elevando a produção consideravelmente.
Quando se
considera a importação de derivados, o valor total das importações do setor
ainda supera a exportação. O Brasil não é um exportador relevante de
combustíveis.
QUEDA NO PREÇO
As
importações de combustíveis e lubrificantes pelo Brasil (incluindo petróleo)
somaram 4,841 bilhões de dólares em janeiro e fevereiro de 2015, queda de 24,4
por cento na média diária em relação ao mesmo período de 2014.
Isso numa
situação em que os preços do petróleo e derivados em patamares inferiores aos
praticados no início do ano passado afetam a base comparativa.
"No
grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração [dos valores de importações]
ocorreu principalmente pela diminuição dos preços e das quantidades embarcadas
de petróleo, gás natural, carvão, óleos combustíveis, naftas e gasolina",
afirmou a secretaria de comércio exterior em nota.
(Por Marta Nogueira)
Fonte: Brasil 247