sexta-feira, 28 de setembro de 2012

“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”


A frase atribui-se a Martin Luther King Luter. Nos dias atuais, podemos verificar uma enormidade de desigualdades sociais. Entretanto podemos verificar também uma enormidade de problemas envolvendo a humanidade. Refiro-me aos que tornam as pessoas cada vez mais egoístas, e menos preocupadas com meio ao seu redor, ao que ocorre com o próximo. Muitos têm ideias excelentes para transformar a realidade ao qual nos encontramos, entretanto tais ideias, raramente tornam-se realidade, poucas saem do papel. E poucos vestem sua causa. 
“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos,
dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons”.
Estamos em uma sociedade, em que muitos se prendem a apenas objetivos pessoais, acomodadas – quase que cristalizados - e com medo de muitos problemas causados pelo próprio ser humano. Os bons, em muitos momentos ficam recolhidos em suas realidades (cercados pelos muros e grades de um prisão abstrata, as vezes é bem concreta), ditas perfeitas, dessa forma, tão pouco existe uma preocupação com a realidade de outros, até mesmo por que o sistema que nos ensina, nos faz ainda mais individualistas. 

A humanidade tornou-se covarde e ao mesmo tempo “cega”, pois tantas injustiças e acontecimentos tristes se passam nos dias atuais, entretanto, poucos enxergam e tentam modificar ou fazer algo por alguém ou por uma comunidade. Mas o que teria nos tornado tão insensíveis e covardes? O sistema? As transformações aos quais o mundo passou? Ou será que o homem caminha para a destruição de nós mesmos?

Estamos recriando homens que tão pouco “grita”, vai contra a realidade vigente, “rema contra a corrente”. Muitos ficaram silenciados ou foram silenciados e continuam nessa mesmice. Desta forma tornam-se presas fáceis para que nada de diferente, possa ser feito e tenhamos nossa realidade moldada, com menos desigualdades e menos injustiças, já que almejamos muitas transformações visando um mundo melhor. Podemos pensar ainda que, se as pessoas que tem uma noção diferente da realidade continuar, parada sem fazer nada, todas as injustiças desse mundo continuarão. 

Os bons de nada valerão se não lutarem por seus sonhos e pensarem em prática e continuarem se acovardando e sendo omissos. As ideias sem prática não são nada. Os maus não farão nada pela humanidade, a não ser por se mesmos. “Eu tenho um sonho de um mundo diferente, onde a vida valerá mais do que a prata” (King). Tudo começa pela indignação em seguida pelas ações dos homens bons, para que os maus possam enxergar a miséria humana. 

Se não pararmos e pensamos em moldar nossas vidas, para que possamos caminhar de forma diferente, e fazermos as pessoas verem que nossa sociedade não se encontra bem que o mundo não está bem. Por tanto, a vida pede passagem e socorro, dessa forma podemos sim mudar alguma coisa, ou nossa realidade só basta querermos e temos a consciência de que a mudança somos nós, o mundo é regido por nossas ações movidas pelo desejo de mudanças. E que valerá todos nossos esforços, para a construção de um mundo diferente.

Gleiciane Albuquerque

Novas filiações: PT disponibiliza caderno e vídeo para uso nas plenárias de formação

Escola Nacional de Formação Política disponibiliza materiais para apresentação nas plenárias que serão conduzidas pelas secretarias nacionais de Formação e de Organização


O Partido dos Trabalhadores recebe a nova filiada e o novo filiado com uma atividade de formação, de acordo com o estatuto do PT aprovado no seu 4º Congresso.

A filiação ao PT é o momento de conhecer melhor o nosso partido, nossa história e nosso programa político. É também a hora de saber como o PT funciona e como participar dele, de saber quais são os direitos e deveres da filiada e do filiado petista. 

Para isso, a Escola Nacional de Formação do PT – ENFPT produziu um caderno e um vídeo que tem como objetivo apresentar o Partido dos Trabalhadores e que deverão ser utilizados nas plenárias de formação que serão organizadas e conduzidas pelas Secretarias de Formação e de Organização do PT nos estados e municípios. O caderno impresso será distribuído pelos diretórios. A versão eletrônica do caderno e o vídeo estarão disponíveis para acesso no Portal da Escola - www.enfpt.org.br.

Links:


(Escola Nacional de Formação Política/PT)

Jovens não são influenciados pelo horário eleitoral, diz enquete

Enquete feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) revelou que o horário eleitoral não influencia jovens na hora de escolher o candidato. Dos 12.443 jovens de todo o país que participaram da enquete, 60% disseram que não são influenciados pela propaganda eleitoral para definir o voto.
No entanto, 35% responderam que o horário ajuda na escolha dos candidatos e os 5% restantes não opinaram sobre o tema.

O cientista político Paulo Baía, do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considerou o resultado da amostragem uma surpresa. Segundo ele, outras pesquisas vêm apontando que 80% dos eleitores definem o voto a partir dos programas eleitorais veiculados na televisão ou no rádio. Os programas ganham peso, principalmente, nos dias próximos ao da votação.

"O pessoal assiste aos programas. Tanto que todos os partidos têm suas estratégias de campanha centradas no programa eleitoral", disse Paulo Baía à Agência Brasil. O cientista político avaliou que o rádio também tem papel importante em determinados horários, especialmente à noite e nos horários de trânsito. "Mas o impacto definidor é o do horário eleitoral na televisão. Por isso, os partidos brigam para ter um maior tempo na TV." Quanto mais coligações um candidato tem, maior o tempo do programa eleitoral.

O CIEE é uma associação filantrópica de direito privado, sem fins lucrativos, que intermedeia a seleção de estudantes de nível médio, técnico e superior para programas de estágio em empresas privadas e públicas. A enquete foi virtual, opcional e para amostragem.

Alana Gandra, da Agência Brasil

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Eleições: votar em quem e para quê?

Dia 7 de outubro de 2012 haverá o 1º turno de eleições municipais no Brasil. Cientes de que devemos dedicar as nossas energias no fortalecimento da Política de empoderamento da luta dos pobres, precisamos também durante o processo eleitoral, momento decisivo, contribuir para que os melhores – se não, os menos piores - candidatos sejam eleitos. Considerando que o marketing político e a propaganda ensurdecedora criam uma cortina de fumaça sobre a realidade cegando muita gente, vamos tecer algumas reflexões, abaixo, com o intuito de ajudar a discernir em quem devemos votar e para quê.

É hora de pensar e votar consciente, pois voto não tem preço, tem conseqüências! "Somos seres políticos”, já dizia Aristóteles. Ingenuidade dizer: "Sou apolítico. Não gosto de política. Sou neutro.” Todos nós fazemos Política o tempo todo. Política é como respiração. Sem respiração, morremos. Política refere-se ao exercício de alguma forma de poder, como nos ensina Bertold Brecht em "O Analfabeto Político”. A política, como vocação, é a mais nobre das atividades;como profissão, a mais vil. 

Urge resgatar a história do candidato. "Diga-me com quem andas...”. Quem o financia? Fujam das candidaturas ricas, as que têm as maiores campanhas. Fujam dos candidatos que pagam cabos eleitorais. Esses fazem política como negócio. Investem na campanha para lucrar depois com as benesses que ganharão do poder público. Importante observar quais as ações do/a candidato/a no passado e no presente. Urge olhar as ações dos partidos também. O/a candidato/a é candidato/a porque quis ou aceitou se candidatar por insistência do povo organizado? Se o candidato/a tem sede de poder, se teve a iniciativa de se candidatar, fuja dele/a. 

Na sociedade neoliberal os interesses privados são "camuflados em princípios políticos, porque os investimentos privados dependem de uma proteção governamental.” É injusto votar em quem governa para a classe dominante, beneficiando uma minoria, e pisando na maioria do povo, nos pobres. É imprescindível não apenas votar, mas acompanhar, de forma coletiva, as ações governamentais e os mandatos eletivos. São relevantes as iniciativas populares, os referendos, os plebiscitos, a participação popular e a solicitação de audiências públicas para o debate de temas relevantes. Enfim, exercer também a democracia direta.

Próximo à maior festa judaico-cristã, a Páscoa, impulsionado por uma ira santa, Jesus chegou ao Templo de Jerusalém, lugar considerado o mais sagrado e furioso, "fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e bois, destinados aos sacrifícios. Derramou pelo chão as moedas dos cambistas e virou suas mesas. Aos que vendiam pombas (eram os que diretamente negociavam com os mais pobres porque os pobres só conseguiam comprar pombos e não bois), ordenou: ‘Tirem estas coisas daqui e não façam da casa do meu Pai uma casa de negócio.” 

Como lobos em péle de cordeiros, há muitos ´”vendilhões do templo”, em campanha, para comprar votos para depois de eleitos continuarem o processo de prostituição e idolatria reinante na sociedade, nas cidades, nos municípios. Assim como Jesus, movidos por uma ira santa, devemos impedir que esses falsários sejam eleitos. "Nunca se esqueça de que apenas os peixes mortos nadam a favor da correnteza", alerta Malcolm Muggeridge. Enfim, votar em quem está comprometido, de fato, com a luta de libertação dos pobres. Eleger pessoas que de fato representem a luta do povo oprimido.

Frei Gilvander Luís Moreira
Frei Carmelita; mestre em Exegese Bíblica; assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina.

Fonte: Adital

História: Brasil não pode sair da ditadura como se ela não tivesse ocorrido, diz Érika Kokay


Deputada Érika Kokay (PT-DF) - Foto: Richard Casas/PT

Deputada petista analisa o trabalho da Comissão da Verdade que tem foco na investigação dos crimes do regime militar


A abrangência das investigações que até pouco tempo dividia a opinião dos integrantes da Comissão da Verdade ficou limitada apenas na violação de direitos humanos praticadas por agentes públicos ou pessoas a serviço do Estado.

Segundo a deputada Erika Kokay (PT/DF) desde a instalação do grupo, em maio, o objetivo dos membros da comissão é a investigação somente de crimes do regime militar.

“A Comissão da Verdade tomou uma decisão muito correta, ela decidiu delimitar o seu campo de investigação. Este é o primeiro passo para que nós possamos fazer justiça. O conjunto do Brasil foi submetido a uma sala escura de tortura”, declarou a deputada petista. 

Ela acrescenta que o Brasil teve três grandes traumas na sua história, primeiro com o colonialismo, depois o grande trauma da escravidão que desumanizou a população negra e trauma da ditadura.

“Brasil não pode sair da ditadura como se ela não tivesse acontecido, não pode sair da ditadura negando sua própria existência”, afirmou Erika Kokay quando ressaltou que o Brasil tem que conhecer sua própria história.

(Fabricia Neves e Neide Freitas – Portal do PT)

Fortaleza: “Ser prefeito só vale a pena se for para acabar com a miséria”, diz Elmano


Elmano de Freitas, candidato do PT em Fortaleza (Foto: Fábio Lima #Elmano13doPT)

Tirar crianças da rua, garantir mais inclusão para as pessoas da terceira idade e integrar a educação à ações de assistência são algumas das propostas do candidato petista


Acabar com a miséria e a exclusão social são princípios que movem o candidato do PT a prefeito de Fortaleza, Elmano de Freitas. Durante plenária do setorial de assistência social realizada no início da semana, com mais de mil pessoas presentes, Elmano mostrou que a luta contra as desigualdades é forte em sua campanha.

“Eu tenho clareza que ser prefeito só valerá a pena se for para acabar com a miséria e com a exclusão”, disse.
Para Elmano, estar em um governo é apenas um “instrumento”. A experiência que mais enriquece é a convivência com o povo mais simples, segundo ele. “E foi por isso que eu, como advogado, optei por caminhar ao lado do povo mais pobre”, afirmou, lembrando sua atuações como advogado de movimentos sociais.

Na ocasião, Elmano também anunciou que vai fazer concurso público para a Secretaria de Assistência Social. O objetivo, segundo ele, é ter profissionais de carreira dentro da pasta para fortalecer o trabalho já desenvolvido. O candidato falou ainda de suas propostas para reforçar o trabalho que já está sendo feito pela pasta - que foi criada na gestão da prefeita Luizianne Lins (PT)
Tirar crianças da rua, garantir mais inclusão para as pessoas da terceira idade e integrar a educação à ações de assistência são algumas das propostas apresentadas por Elmano. Ele quer, por exemplo, que a Secretaria de Assistência Social tenha programa para visitar as família de alunos que não estão frequentando a sala de aula, afim de regularizar a situação escolar dos estudantes.

Este será, segundo ele, um dos benefícios da união da educação com a assistência social.“E nós queremos mais. Queremos a inclusão digital para a terceira idade, para que essas pessoas tenham Facebook, que não se sintam excluídas”, disse. Participaram do evento, além do candidato a vice-prefeito Antônio Mourão (PR), o deputado federal Eudes Xavier e o coordenador da campanha de #Elmano13doPT, deputado estadual Antônio Carlos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Eleições 2012: materiais multimídia para as campanhas‏

A página do Partido do Trabalhadores ganhou uma nova área especialmente desenvolvida para apoiar os candidatos e a militância durante as eleições municipais de 2012.

No espaço, é possível acompanhar notícias dos estados em tempo real, baixar conteúdos multimídia (fotos, aúdio, vídeos, documentos, templates para Facebook e Twitter) e pesquisar os assuntos de maior relevância para desenvolver conteúdos eleitorais.


Vídeos – confira os vídeos gravados em apoio a diversos candidato e candidatas. Ajude a divulgar o seu
Guia do Militante – aprenda como potencializar as ações do seu candidato através das Redes Sociais
Blogs Rede PT 13 – notícia e dados sobre os estados. Saiba como os governos petistas têm contribuído para o desenvolvimento do país
Fotos – veja as imagens oficiais do Partido dos Trabalhadores
Downloads – acesse material de campanha do Partido
Rádio – ouça as gravações feitas pelas lideranças petistas
Vídeos para TV – faça o download em alta definição dos depoimentos feitos aos candidatos


Essas e outras funcionalidades estão disponíveis no site do PT. http://www.pt.org.br/noticias/categoria/eleicoes_2012
 
RedePT13

Petistas elogiam Comissão da Verdade por rever causa mortis de Vladimir Herzog


O deputado Luiz Couto (PT-PB) e a deputada Erika Kokay (PT-DF) parabenizaram em plenário o trabalho da Comissão da Verdade, que solicitou à Justiça de São Paulo a retificação no atestado de óbito de Vladimir Herzog, morto nos porões da ditadura militar em outubro de 1975. O pedido foi acatado pelo juiz Márcio Martins Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros Públicos de SP, na última segunda-feira (24).


“Parabenizo a Comissão da Verdade por mais essa atuação, pela decisão de que a memória e a verdade virão e que serão investigados não aqueles que foram autores, mas aqueles que foram vítimas do golpe de Estado, da ditadura militar”, disse Luiz Couto.
“A Comissão da Verdade representa um espaço para que possamos conhecer e colocar a luz da democracia e a luz da transparência sobre os fatos que aconteceram neste Brasil. Penso que medimos a ferocidade de uma ditadura não apenas por quantos mortos ela deixa, mas pela percepção do quanto dela ainda existe na nossa contemporaneidade”, ressaltou Erika Kokay.
 
Com a decisão, o motivo da morte do jornalista será modificado de “asfixia mecânica” provocada por suicídio para “morte que decorreu de lesões e maus-tratos sofridos na dependência do II Exército de São Paulo (DOI-CODI)”. O pedido foi feito ao Tribunal de Justiça de São Paulo, no final do mês passado, pela Comissão da Verdade, por solicitação da família do jornalista.
 
A Comissão foi criada pela Lei 12528/2011 e instituída em maio de 2012. Ela tem por finalidade apurar graves violações de Direitos Humanos, praticadas por agentes públicos, ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.

(Gizele Benitz, PT na Câmara)
FONTE: http://www.pt.org.br/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Intelectuais e artistas assinam manifesto a favor de José Dirceu

Com assinaturas coletadas pelo cineasta Luís Carlos Barreto, texto a ser encaminhado ao STF pede que não seja feito prejulgamento e tem assinaturas de personalidades como Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Bresser Pereira, Emir Sader e Eric Nepomuceno
O cineasta Luiz Carlos Barreto, amigo do ex-ministro José Dirceu, organizou um movimento para recolher assinaturas entre artistas em um texto-manifesto a ser enviado para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento pede que não haja prejulgamento dos réus do “mensalão” – termo classificado como pejorativo – e que seja resguardado o processo legal.

Não queremos que haja prejulgamento, pois já tem gente por aí dizendo quantos anos cada réu vai pegar de prisão. Não pode ser assim. Depois a gente reclama quando chega a ditadura”, afirmou Barreto.

Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Emir Sader, Eric Nepomuceno e Bresser Pereira são nomes que constam no manifesto de intelectuais e artistas a favor de um julgamento isento para José Dirceu. Foto: 247

Segundo o cineasta, 200 pessoas já aderiram ao movimento. Na lista estão nomes como Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Bresser Pereira, Bruno Barreto, Jorge Mautner, Flora Gil, Emir Sader e Eric Nepomuceno. “Assinei porque acredito que há uma campanha contra José Dirceu. Um exagero”, disse Niemeyer.

Outro que assinou o documento foi o músico Jorge Mautner, com a convicção de que o procedimento do STF será isento de qualquer influência externa.

Concordo que haja o julgamento e assinei o texto - manifesto porque vivemos numa democracia e, como se trata de um julgamento político, não pode haver manipulação.”

Fonte: Pragmatismo Político



Prefeito e vereador

 
"Dia desses fui surpreendido por perguntas assim: O prefeito manda na cidade? Ele precisa morar nela? Para que servem os vereadores? O prefeito é alguém que, filiado a um partido político e, às vezes, integrando uma coligação, apresenta aos eleitores um projeto de gestão para os quatro anos do seu mandato. Esse projeto tem que obedecer à Lei Orgânica do Município, ao Plano Diretor e ao orçamento que recebe do seu antecessor. Apenas no segundo ano é que, ciente da realidade ou inconsistência do orçamento recebido, aperfeiçoa-o, segundo as prioridades definidas. O prefeito é um executivo da cidade. A cidade é como uma empresa que tem problemas de toda a ordem e que precisa de alguém com legitimidade, conhecimento, capacidade, habilidade, sensibilidade, honestidade e saúde física e mental para priorizar ações. Ele deve escolher secretários ou auxiliares que entendam de ensino, sistema de saúde, limpeza, iluminação, pavimentação, bem-estar, trânsito, transportes urbanos e muita coisa mais. Assim, é preciso que você descubra a pessoa que, por sua história de vida, tenha essas qualificações. O título de eleitor é uma prova de que alguém vive na cidade em que vota ou é votado. Viver uma cidade é entranhar-se nela e não apenas passar ou estar nela. Vereadores precisam entender que serão legisladores e delegados do povo. Tampouco são despachantes de interesses. Devem, no mínimo, acompanhar a aplicação do orçamento e exigir respostas do prefeito. Não vote por brincadeira. Vote pensando nos problemas e no futuro da cidade. Vote em quem acredita ser capaz de resolvê-los".

João Soares Neto
Escritor
Obs.: texto publicado no Jornal DIÁRIO DO NORDESTE, em 23 de set. de 2012, seção IDEIAS, pág. 02.
Fonte: Blog Coreausirá

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cardeal tem razão ao pregar separação igrejas-campanha eleitoral

Têm razão de ser e são muito procedentes, os alertas do cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, no debate entre candidatos a prefeito de São Paulo, realizado nesta 5ª feira(ontem), sob o patrocínio da Igreja Católica.

O cardeal advertiu que o uso da religião na política "poderia deixar divisões e feridas dificilmente cicatrizáveis no seio das religiões e das comunidades religiosas". Um alerta que serve para todas as igrejas, inclusive a Católica. Também válido seu outro alerta sobre as igrejas que são transformadas, segundo ele, em "currais" e redutos eleitorais de votos de "cabresto".

"Esse poder de fazer a propaganda e de fazer a mobilização de algum candidato cabe especificamente aos cristãos leigos dentro da igreja", disse o cardeal, num apelo para que candidatos e eleitores separem muito bem a Igreja - todas elas - enquanto instituição, do papel que cristãos e cidadãos têm de desempenhar.

Vamos torcer e ver se seus apelos serão seguidos, já que o uso e abuso da questão religiosa, introduzido nas últimas campanhas eleitorais pelo candidato tucano José Serra (PSDB-DEM-PSD-PV) - com "mão de gato", introduz mas diz que não foi ele, como fez na disputa presidencial de 2010 - estão a cada dia pior.

Infelizmente para todos, igrejas, cidadãos, eleitores, e para a democracia brasileira. A verdade é que esta é uma situação que envolveu a todas as igrejas, inclusive a Católica. Basta lembrar a militância de vários bispos contra o PT e a  candidata ao Planalto, presidenta Dilma Rousseff, em 2010. A começar pelo então bispo de Guarulhos, D. Luiz Gonzaga Bergonzini naquela campanha.

Felizmente o efeito prático dessa militância eleitoral das igrejas, de bispos e pastores, é muito relativo como atestam as pesquisas.

Fonte: Blog do Zé Dirceu

A obsessão da mídia

Dez anos depois. No fim de setembro de 2002, jornalões e revistões enxergavam Lula como se vê acima. E o operário ganhou as eleições…
Por que Lula se tornou a obsessão da mídia nativa? Por que tanta raiva armada contra o ex-presidente? Primeiro é o ódio de classe, cevado há décadas, excitado pelo operário metido a sebo, tanto mais no país da casa-grande e da senzala. Onde já se viu topete tamanho? Se me permitem, Lula é personagem de Émile Zola, assim como José Serra está nas páginas de Honoré de Balzac. O sequioso da emergência que chegou lá. 

Depois vem a verdade factual, a popularidade de Lula, avassaladora. E vem o confronto com os tempos de Presidência tucana, e o triste fim de Fernando Henrique Cardoso, o esquecido, no Brasil e no mundo. Assim respondem os meus meditativos botões às perguntas acima. E as respostas geram outra pergunta.

Por que a mídia nativa, intérprete da casa-grande, goza ainda de prestígio até junto a quem ataca diária e obsessivamente se seus candidatos perdem os embates eleitorais decisivos? Memento 2002, 2006, 2010. Mesmo agora, véspera dos pleitos municipais, as coisas não estão bem paradas para os preferidos de jornalões e revistões. Será que o jornalismo brasileiro dos dias de hoje faz apostas erradas? Defende o indefensável?

Na semana passada publiquei os números da verba publicitária governista distribuída entre as empresas midiáticas. Mais de 50 milhões para a Globo. Para nós, pouco mais de 100 mil reais. E sempre há quem apareça para nos definir como “chapa-branca”… E a Editora Abril, então? Na compra de livros didáticos, fica com a parte do leão em um negócio imponente que em 2012 já lhe assegurou a entrada de 300 milhões. Pode-se imaginar o que seus livros ensinam. Enquanto isso, a Petrobras acaba de cancelar um contrato de 11 milhões que estava para ser fechado com a casa do Murdoch brasileiro. Vem a calhar, a confirmar-lhe tradições e intentos, a última capa da sua querida Veja, ponta de lança na estratégia da guerra contra Lula.

A revista de Policarpo Jr., parceiro de Carlinhos Cachoeira em algumas empreitadas, produz esta semana mais uma obra-prima de antijornalismo. Formula acusações gravíssimas contra Lula sem esclarecer quem as faz (Marcos Valério ou seus pretensos apaniguados?), mas nome algum é citado, e o advogado do publicitário mineiro desmente a publicação murdoquiana. Ricardo Noblat (porta-voz de Veja?) informa no seu blog que a Abril vai divulgar o áudio de uma entrevista com Valério, e horas depois comunica que Policarpo Jr. convenceu a direção da Abril a deixar para lá, ao menos por ora.

Quanta ponderação, por parte de Policarpo… Suas relações com Cachoeira CartaCapital provou com documentos tão irrefutáveis quanto inúteis: a CPI não vai convocá-lo para depor, como seria digno de um país democrático, porque o solerte presidente-executivo abriliano foi ter com o vice-presidente da República para lembrá-lo de que se Veja for julgada, todos os demais da mídia nativa entram na dança.

Este específico enredo prova as dificuldades de governar o país da casa-grande e da senzala. É preciso recorrer a alianças que funcionam como a bola de ferro atada aos pés do convicto e padecer como vice o representante de um partido pronto a ceder diante das pressões da Abril. E da Globo, como CartaCapital relatou ao longo da cobertura da CPI do Cachoeira. Resta o fato: a mídia nativa é bem menos poderosa do que os graúdos supõem, inclusive os do próprio governo.

Uma exceção talvez seja São Paulo, com sua capital dos shoppings milionários, da maior frota de helicópteros do mundo depois de Nova York, de favelas monstruosas a rodear os bairros endinheirados, de mil homicídios anuais (5 mil no estado). Refiro-me à cidade e ao estado mais reacionários do Brasil. Aqui tudo pode acontecer. De todo modo, os senhores, de um lado e do outro, caem na mesma esparrela dos jornalistas que os apoiam ou os denigrem. Os jornalistas e seus patrões, na certeza da ignorância da plateia, acabaram por assumir o nível mental que atribuem a seus leitores, ouvintes e assistentes. Os graúdos apoiados agarram-se em fio desencapado, os ofendidos temem um poder em vias de extinção. E não percebem que a tentativa de demonizar Lula consegue é endeusá-lo.

Fonte: Revista Carta Capital

A validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições


"Esta Lei marca a participação da responsabilidade do cidadão naquilo que o incomoda: a corrupção. Tenho insistido que não é possível se desfazer, ignorar ou desprezar a política. Por que se a política não vai bem, os políticos não são bons, os que estão lá fomos nós que colocamos. É nossa responsabilidade, de cada um de nós, fazer com que pessoas de bem estejam nos cargos. Nós temos o compromisso permanente de fazer com que a política melhore", ministra Carmén Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A palavra "política" vem de polis, ou seja, a comunidade política que interage em sua cidade. A política deveria ser o meio pelo qual o cidadão (eu, você...) pudesse melhorar suas condições de vida e de convivência social, onde mora, estuda, trabalha, relaciona-se com outras pessoas e se diverte.

Se a política for entendida e praticada assim, ela começará a fazer sentido para nós e para as pessoas com quem nos relacionamos. Desse modo, todos nós teremos um grande interesse por ela.

Você também poderá encontrar uma maneira de perguntar aos candidatos. Se responderem que sim, que estão comprometidos com essa agenda de mudança da política, como é que você vai saber se eles estão sendo honestos e sinceros?

Isso você só vai saber depois. Mas se eles o enganarem, você já saberá com que tipo de pessoas está lidando. E nunca mais dará seu voto a esses políticos. Você também poderá exigir que os candidatos que querem seu voto assinem um compromisso em prol dessas mudanças. É claro que eles poderão romper com o compromisso, mesmo tendo colocado sua assinatura em um documento, mas você terá uma prova para pressioná-los. Você poderá denunciá-los nos meios de comunicação. 

Você poderá publicar - em um blog, uma comunidade de um site de relacionamento - o documento assinado pelos que não honraram o compromisso estabelecido. Você poderá até mesmo criar uma plataforma digital de rede social para divulgar tudo isso, conectando outras pessoas descontentes com tal comportamento. Ainda é pouco, todos sabemos, mas é melhor do que nada. E é possível que tudo isso acabe, em breve, tendo um efeito maior do que imaginamos. O poder das redes ainda é desconhecido em grande parte.

Voto responsável é aquele que se exerce a partir de uma avaliação criteriosa do eleitor sobre a efetividade do compromisso do candidato com a Ética na Política, com a Defesa da Democracia e com a Promoção do Desenvolvimento.

É fundamental votar bem, votar responsavelmente. Mas isso não basta. É necessário, após a eleição, fiscalizar e acompanhar permanentemente a atitude daqueles que foram eleitos, cobrando os compromissos que assumiram durante a campanha.

Estamos agora diante de uma oportunidade excelente para conhecer melhor os programas dos candidatos e verificar seu compromisso efetivo com a Ética, com a Democracia e com o Desenvolvimento. Cabe a nós, agora - e só a nós, eleitores - assegurar que a política seja valorizada, que as instituições públicas não continuem a ser degeneradas pela corrupção, que o Estado não seja aparelhado por grupos privados, econômicos ou partidários, que o país escape das armadilhas populistas, recuse o assistencialismo e o clientelismo e adote políticas que favoreçam o crescimento e impulsionem o desenvolvimento humano e social sustentável.
 
Fonte: Rede de Participação Política

Partidos repudiam ataques ao ex-presidente Lula

O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, partidos da base aliada, em nota divulgada na tarde de ontem, assinada por seus presidentes nacionais, repudiam declaração dos partidos de oposição feitas contra o ex-presidente Lula com base em matéria publicada pela revista VEJA desta semana. Vejam a íntegra da nota:

Nota à sociedade brasileira - PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.

As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.

O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.

Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.

Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .

A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo.

Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.

Fonte: Blog do Zé Dirceu

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mobilidade urbana, vamos “de a pé”

“Cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde os ricos andam no transporte público”

Nos 28 artigos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, sancionada em 3 de janeiro deste ano, não existem referencias às palavras “pedestre”  ou “calçadas”. Ou seja, caminhar não é uma modalidade de mobilidade reconhecida. Em 22 de setembro comemora-se o Dia Mundial sem Carro, uma iniciativa para estimular as pessoa a repensarem a (i)mobilidade urbana.  No entanto, a queixa principal dos que se recusam a abandonar o carro é a “falta de transporte público de qualidade”, esgrimida até mesmo por quem sequer sabe por qual porta se entra em um ônibus.

Deixar o carro em casa é uma necessidade para a melhoria na mobilidade. Isso significa ampliar o número de pessoas caminhando pelas calçadas das cidades, seja para dirigirem-se aos pontos do transporte público, ou para chegarem aos destinos finais sem a utilização de transporte motorizado. Uma pergunta ainda sem resposta é como seria possível melhorar a mobilidade urbana sem investimento em calçadas e equipamentos públicos que permitam o caminhar seguro de pedestres?

O ex-prefeito de Bogotá, capital da Colômbia, cunhou uma frase excelente: “Cidade avançada não é aquela onde os pobres andam de carro, mas sim aquela onde os ricos andam no transporte público”. Não é fácil, mas é possível e apenas assim as cidades podem ter mobilidade sustentável, aquela que inclui pedestres, ciclistas, passageiros de ônibus, metrô, trem e táxis, além dos carros em trajetos necessários e urgentes.  A construção de “Caminhos Urbanos” para caminhantes, espaços com padronização de piso, iluminação, segurança, sombreamento, água potável e outros confortos para os cidadãos pode ser uma forma de estimular as pessoas a deixarem os carros em casa.

As cidades precisam tornar-se mais amigáveis para caminhantes, aquelas pessoas que optam por uma mobilidade mais saudável e que contribuem para a qualidade de vida da sociedade onde estão inseridas. A mobilidade urbana deveria ser vista como um direito coletivo e o uso de automóveis no cotidiano dos trajetos casa-trabalho-casa-escola deve ser desestimulado. Em tempos de eleição para prefeito, os projetos e modelos de mobilidade urbana deveriam estar no centro da pauta das campanhas.

É possível reverter a tendência de agravamento dos congestionamentos nas cidades. Em São Paulo, por exemplo, há dados que apontam uma perda de tempo de até 3 horas por dia em trajetos casa-trabalho-casa feitos de automóvel, e até 5 horas por dia em transportes públicos de baixa qualidade. São números impossíveis de serem mantidos ou aumentados sem o colapso da estrutura econômica da cidade. Pesquisa feita Secretaria estadual de Transportes mostra que os congestionamentos já custam perto de R$ 5 bilhões ao ano para a cidade. Portanto, esse é um número que deveria ser  levado em conta na hora de planejar a mobilidade. [...]

Em agosto passado, a presidenta Dilma Roussef anunciou investimentos de 32,7 bilhões de reais em projetos de mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras, principalmente obras relacionadas à Copa do Mundo. É uma excelente oportunidade para estabelecer metas em relação ao transporte não motorizado e fazer com que as prefeituras assumam sua responsabilidade em relação às calçadas, que são deixadas aos proprietários dos imóveis, apesar de não fazerem parte do terreno e serem sempre abandonadas ao nada ou ao calçamento de menor preço e baixa qualidade.

Fonte: Revista Carta Capital
(Envolverde)

Brasil reduz desigualdades ‘de forma acelerada’, mas diferença ainda é grande, diz Ipea

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, avaliou nesta quarta-feira que o Brasil, influenciado por uma “pequena melhoria na educação” e pelo crescimento do emprego formal, está reduzindo “de maneira brutal” a desigualdade social. Porém, as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres ainda são altas e requerem mais investimentos em educação e em empreendedorismo.

“A desigualdade está caindo de uma forma acelerada nos últimos 10 anos. A metade mais pobre [da população] está crescendo cinco vezes mais rápido [em termos de renda] que os 10% mais ricos”, afirmou o dirigente, ao participar, no Rio de Janeiro, do Fórum Nacional, evento organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae) cuja edição debate “novos caminhos para o desenvolvimento do país”.

Para Neri, a redução da desigualdade já está mudando o perfil da sociedade brasileira. “A base da distribuição está com uma taxa de crescimento completamente diferente em relação à média [da população]. Em certo sentido, isso faz com que o Brasil se torne um país normal”, completou.

Segundo Neri, a educação, “que é muito ruim, mas que se tornou menos ruim”, é um dos motores da queda da desigualdade, assim como o avanço do mercado formal. De acordo com o economista, o Brasil gera 2 milhões de emprego por ano, fazendo com que a queda de diferença de renda entre a população seja “mais sustentada” do que se tivesse atrelada a programas sociais ou de concessão de crédito, que podem sofrer alterações conforme as mudanças políticas.

Para “coroar a mudança” no país, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acrescentou que é preciso incluir planejamento de longo prazo dirigido a setores estruturais. “A logística é um ponto fraco e, por isso, tem recebido grande investimento”, lembrou. Referindo-se ao pacote lançado pelo governo federal em agosto, ele disse que “o programa mobilizará o setor privado e nos dará oportunidade de acelerar investimentos”.

Com as transformações em curso, o presidente do Ipea conclui que o Brasil “é uma boa média do mundo”, porque têm diversas situações no mesmo território. “Os mais pobres são tão pobres quanto os intocáveis indianos e os mais ricos não são muito distintos dos russos e dos americanos mais abastados”, comparou.

Fonte: Revista Carta Capital

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Efeitos da pregação midiática



A velhacaria parte do anonimato da internet mas não esconde os herdeiros da Casa-Grande.

No princípio era e é a mídia. A primazia vem de longe, mas se acentua com o efeito combinado de avanço tecnológico e furor reacionário. De início a serviço do poder até confundir-se com o próprio, um poder ainda medieval de muitos pontos de vista, na concepção e nos objetivos.

Ao invocar o golpe de Estado de 1964, os editorialões receitavam o antídoto contra a marcha da subversão, obra de pura fantasia, embora os capitães do mato, perdão, o Exército de ocupação estivesse armado até os dentes. Marcha da subversão nunca houve, sequer chegou a Revolução Francesa.  Em compensação tivemos a Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade.

Há tempo largo a mídia cuida de excitar os herdeiros da Casa-Grande ao sabor de pavores arcaicos agitados por instrumentos cada vez mais sofisticados, enquanto serve à plateia, senzala inclusive instalada no balcão, a péssima educação do Big Brother e Companhia. Nem todos os herdeiros se reconhecem como tais, amiúde por simples ignorância, todos porém, conscientes e nem tanto, mostram se afoitos, sem a percepção do seu papel, em ocasiões como esta vivida pelo presidente mais popular do Brasil, o ex-metalúrgico Lula doente. E o estímulo parte, transparentemente, das senhas, consignas, clichês veiculados por editorialões, colunonas, artigões, comentariões.

Celebrada colunista da Folha de S.Paulo escreve que Lula agora parece “pinto no lixo”, cuida de sublinhar que “quimioterapia é dureza” e que vantagens para o enfermo existem, por exemplo, “parar de tomar os seus goles”. Outra colunista do mesmo jornal, dada a cobrir tertúlias variadas dos herdeiros da Casa-Grande, pergunta de sobrolho erguido quem paga o tratamento de Lula. Em conversa na Rádio CBN, mais uma colunista afirma a culpa de Lula, “abuso da fala, tabagismo, alcoolismo”. A cobra do Paraíso Terrestre desceu da árvore do Bem e do Mal e espalhou seu veneno pelos séculos dos séculos.

Às costas destas miúdas aleivosias, todas as tentativas pregressas de denegrir um presidente que se elegeu e reelegeu nos braços do povo identificado como o igual capaz de empenhar-se pela inclusão de camadas crescentes da população na área do consumo e de praticar pela primeira vez na história do País uma política externa independente. Trata-se de fatos conhecidos até pelo mundo mineral e no entanto contestados oito anos a fio pela mídia nativa. E agora assistimos ao destampatório da velhacaria proporcionado pelo anonimato dos navegantes da internet, a repetirem, já no auge do ódio de classe, as tradicionais acusações e insinuações midiáticas.

Há uma conexão evidente entre as malignidades extraordinárias assacadas das moitas da internet e os comportamentos useiros do jornalismo do Brasil, único país apresentado como democrático e civilizado onde, não me canso de repetir, os profissionais chamam o patrão de colega.

Por direito divino, está claro. E neste domínio da covardia e da raiva burguesotas a saraivada de insultos no calão dos botecos do arrabalde mistura-se ao desfraldado regozijo pela doença do grande desafeto. Há mesmo quem candidate Lula às chamas do inferno, em companhia dos inevitáveis Fidel e Chávez, como se estes fossem os amigões que Lula convidaria para uma derradeira aventura.

Os herdeiros da Casa-Grande até mesmo agora se negam a enxergar o ex-presidente como o cidadão e o indivíduo que sempre foi, ou são incapazes de uma análise isenta, sobra, de todo modo, uma personagem inventada, figura talhada para a ficção do absurdo. De certa maneira, a escolha da versão chega a ser mais grave do que a própria, sistemática falta de reconhecimento dos méritos de um presidente da República decisivo como Lula foi. Um divisor de águas, acima até das intenções e dos feitos, pela simples presença, com sua imagem, em toda a complexidade, a representar o Brasil em tão perfeita coincidência.


Analfabetos funcionais impedem melhoria do perfil político brasileiro


Na política existem também os analfabetos funcionais, aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que os analfabetos completos.

Bertold Bretch definiu o analfabeto político como aquele que renega a política. Há, no entanto, outro perfil: são os nutridos de informações e interessados por política, mas que não conseguem fugir de lugares comuns em suas avaliações.
A política profissional cansa todo mundo, mas ninguém vive sem ela; assim, é melhor aceitá-la da forma a mais racional possível. Os inocentes e manipuláveis (a grande maioria) vivem metendo o “pau” nos políticos, pois deles esperam tudo de bom e maravilhoso para suas vidas. Votam “(in)seguros” e frustram-se logo a seguir ao constatarem que todas aquelas promessas foram em vão.

Já os eleitores mais conscientes se enfadam de ver a mesma coisa, o ciclo vicioso que se revigora a cada eleição, obrigando os políticos (mesmo os mais competentes e bem intencionados) a mentir deslavadamente, sob pena de sucumbirem nas urnas. Estes são muito mais minoria do que se pensa, tendo em vista os que são meramente “votadores”, aqueles que tiram onda de esclarecidos, porém não passam de “bobões”.

Quer dizer, em política existem também os analfabetos funcionais, aqueles que são providos de informações, todavia não conseguem penetrar nos meandros do multivariado universo partidário. Essa qualidade de eleitor dificulta bem mais a melhoria do perfil político do país do que os analfabetos completos, que normalmente se chama de “analfa de pai e mãe”. Isto porque muitos deles são referência em suas profissões e, portanto, são formadores de opinião.

Mundo de aparências também é refletido na cena política do Brasil

Tanto que é facílimo se ver pessoas politizadas terem seus pontos de vista relegados e banalizados devido a não possuírem curso superior ou mesmo certo patamar cultural enquanto físicos, médicos, advogados e até jornalistas são reverenciados por causa das opiniões que emitem, mesmo que sejam inconsistentes.

É que se vive num mundo de aparências. Normalmente, se dá mais credibilidade ao que um célebre matemático ou um notado linguista fala sobre política do que o que diz um sindicalista sem muita escolaridade.

Não é uma regra, mas a politização não depende necessariamente de escolarização, de ter mais cultura ou coisa assim. O melhor exemplo que o Brasil tem a esse respeito é Lula.
Por Luis Soares, em Pragmatismo Político.

Eleições 2012 - Nota da Comissão Executiva Nacional do PT sobre conjuntura

Comissão esteve reunida nesta segunda-feira (17), em São Paulo

A Comissão Executiva Nacional do PT, reunida no dia 17 de setembro, avaliou a conjuntura internacional e nacional, em especial a situação eleitoral, aprovando ao final a seguinte nota:

1.O PT apóia as medidas adotadas pela presidenta Dilma e pelo governo brasileiro, em defesa da economia popular e dos interesses nacionais. Estas medidas –entre as quais se destaca a redução da taxa de juros e das tarifas de energia elétrica— já se demonstraram essenciais para proteger o Brasil dos impactos da crise internacional, que continua se agravando.

2.A vitória do PT nas eleições municipais de 2012 deve ser vista nesta mesma perspectiva: trata-se de fortalecer nosso projeto nacional, de um Brasil soberano, politicamente democrático e socialmente justo.

3.Tendo isto em vista, a Comissão Executiva Nacional do PT convoca a militância petista, nossos filiados e filiadas, nossos simpatizantes e eleitores, nossos parlamentares e governantes, para uma batalha do tamanho do Brasil: em cada cidade, pequena, média ou grande, trata-se de obter grandes votações, elegendo vereadores e vereadoras, prefeitos e prefeitas. E fazendo a defesa de nosso Partido, do ex Presidente Lula, de nossos mandatos e lideranças, bem como do legado dos nossos governos,  que melhoraram as condições de vida e fortaleceram a dignidade do povo brasileiro.

4.A mobilização geral de nossa força militante é a condição fundamental para nosso sucesso nos dias 7 e 28 de outubro. Pois é a militância consciente quem desfaz as mentiras, demarca o campo, afirma nosso projeto, reúne nossas bases e alianças, construindo vitórias não apenas eleitorais mas também políticas.

5.Em cada bairro, em cada escola, em cada empresa, em cada movimento social, nas redes sociais, a militância petista - com nossa estrela e bandeiras - está chamada a mais uma vez cumprir seu papel histórico, de arquiteta e alicerce das grandes mudanças no Brasil.


São Paulo, 17 de setembro de 2012
Comissão Executiva Nacional do PT

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

"Os candidatos são todos iguais"

"Estamos sujeitos ao governo do nascimento à morte. Política não é como jiló ou ópera. Ficar indiferente a ela tem um preço: ser refém do governante da vez"

Época de eleição é época de emoção. A razão entra em férias, a sensibilidade fica à flor da pele. Em família e no trabalho, todos manifestam as suas opiniões.
O tom varia do palavrão a desqualificar toda a árvore genealógica do candidato à veneração acrítica de quem o julga perfeito. Marido briga com a mulher, pai com o filho, amigo com amigo, cada um convencido de que possui a melhor análise sobre os candidatos...
     Um terceiro grupo insiste em se manter indiferente ao período eleitoral. Todos os candidatos são considerados corruptos, mentirosos, aproveitadores ou demagogos (ou tudo ao mesmo tempo).
Mas não há saída: estamos todos sujeitos ao Estado. Ficar indiferente é passar cheque em branco, assinado e de valor ilimitado, ao candidato vitorioso. Governo e Estado são indiferentes à nossa indiferença, aos nossos protestos individuais.
       É compreensível uma pessoa não gostar de ópera, de jiló ou da cor marrom. E mesmo de política. Impossível é ignorar que todos os aspectos de nossa existência, do primeiro respiro ao último suspiro, têm a ver com política.
A classe social em que cada um de nós nasceu decorre da política vigente no país. Houvesse menos injustiça e mais distribuição da riqueza, ninguém nasceria entre a miséria e a pobreza. Como nenhum de nós escolheu a família e a classe social em que veio a este mundo, somos todos filhos da loteria biológica. O que não deveria ser considerado privilégio por quem nasceu nas classes média e rica, e sim dívida social para com aqueles que não tiveram a mesma sorte.
     Somos ministeriados do nascimento à morte. Ao nascer, o registro segue para o Ministério da Justiça. Vacinados, ao da Saúde; ao ingressar na escola, ao da Educação; ao arranjar emprego, ao do Trabalho; ao tirar habilitação, ao das Cidades; ao aposentar-se, ao da Previdência Social; ao morrer, retorna-se ao Ministério da Justiça. E nossas condições de vida, como renda e alimentação, dependem dos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Em tudo há política. Para o bem ou para o mal.
      O Brasil é o resultado das eleições de outubro. Para melhor ou para pior. E os que o governam são escolhidos pelo voto de cada eleitor.
Faça como o Estado: deixe de lado a emoção e pense com a razão. As instituições públicas são movidas por políticos e pessoas indicadas por eles. Todos os funcionários são nossos empregados. A nós devem prestar contas. Temos o direito de cobrar, exigir, reivindicar, e eles o dever de responder às nossas expectativas.
     A autoridade é a sociedade civil. Exerça-a. Não dê seu voto a corruptos nem se deixe enganar pela propaganda eleitoral. Vote no futuro melhor de seu município. Vote na justiça social, na qualidade de vida da população, na cidadania plena.

Frei Betto* para a Folha de S.Paulo - 14/09/2012.
*CARLOS ALBERTO LIBÂNIO CHRISTO, 67, o Frei Betto, frade dominicano, é escritor, assessor de movimentos sociais e autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros

FILME REPETIDO!

"Em Coreaú, como em vários outros municípios, os eleitores mais apaixonados e/ou iludidos correm atrás da mesmice, do lugar comum, do pastiche partidário, do seis por meia dúzia, do continuísmo, do replay do repeteco da repetição! Praga de cigana velha!"

 


Academia Palmense de Letras- Regionalismo

Linda Poesia de Francisco Eliton Meneses: 

"Há problemas e sonhos reprimidos.
Há vozes na iminência de despertar.
Há uma longa senda a ser percorrida.
Há toda a crise de valores a contestar.
Temos alguns assentos preenchidos;
Outros tantos que esperamos ocupar;
A militância cultural a ser perseguida;
E bandeiras libertárias para professar.

De mãos dadas seguiremos fortalecidos
Contra a corrente do marasmo a velejar.
No mar revolto das trevas dos oprimidos,
O segredo do mundo das luzes desvendar.

Somos idealistas meio loucos reunidos
Da terra que dorme e esqueceu de sonhar.
Nas mãos, flores e livros; olhos comovidos;
Escrevemos poesia com palavra e caminhar".
 
O Mundo Jovem é de Porto Alegre, RS


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Nossos gestores, nossa cara!!!

 
        Eleição após eleição... e quase sempre os mesmos “modos operandis” de fazer política. Analisando a História de nossa tão querida cidade, Coreaú-Ce, percebemos que muitos prefeitos e vereadores pintaram e repintaram o sete, isso mesmo, numa cidade tão pequena e atrasada quanto a nossa, por muitos anos vemos os senhores donos do “cajado” dominarem nossa cidade e fazerem dela o que bem quiserem, por isso temos um quadro econômico e social deixando a desejar. Quase nunca vemos políticos engajados na procura por melhorias para nosso povo, é bem verdade que existem exceções. Isso ainda me conforta!
       Apresento-lhes então, a nossa situação política;
       Caros leitores temos, uma História arraigada em valores tão escabrosos e tão atrasados que muitas vezes temos vergonha de nossa própria memória política. Temos uma História política viciada em compras de votos, onde os interesses pessoais quase sempre se sobrepuseram aos coletivos. Temos ainda uma câmara de vereadores tão passiva e “calejada” – estes [Vereadores] somem e só os vemos em tempos de eleição, detalhe, quase sempre apresentam suas candidaturas sem nenhuma proposta-, sujeita as vontades dos mandos e desmandos dos prefeitos, que não dá para fingir não enxergar e, indignar-se, na verdade o sentimento é de revolta, injustiça. Onde estão os projetos senhores vereadores direcionados ao bem comum de nossos cidadãos?
       Os políticos eleitos, isso desde início de nossa História, se fartaram e se fartam com toda a situação de ignorância da nossa gente. Gente essa, que nos comícios cantam, pulam, brigam, se odeiam e se amam, fazem alianças etc, tudo em nome de seus candidatos a fim de quando este tiver êxito nas eleições, garantir seu empreguinho na prefeitura. Ou ainda, dar uma quantia significativa de dinheiro, e põe significativa nisso. Agora, cabe ao eleitor e leitor pensar e questionar de onde vem tanto dinheiro? De onde vem tamanha “bondade” desses candidatos? Que interesses cada um apresenta? Por que não apresentam propostas? Por que se mostram dignos de nossos votos sem compra, livre das trocas de favores. É, meus caros, Coreaú ainda tem muito que evoluir. E se pensamos que todos os políticos são iguais, que em cidade pequena sempre acontece disso, que não podemos fazer nada para mudar essa situação, continuaremos alimentando um círculo vicioso e sustentando muitas famílias, estas cada vez mais poderosas e ricas, e toda sua parentela que há muito tempo, depende da prefeitura e da política para viver em Coreaú.
     Diante disso, podemos dizer que enquanto muitos se fartam com toda essa situação coronelística, muitos outros, na verdade a o povo coreauense, sofre com descasos relacionados à saúde, péssimas condições de saneamento básico, moradia, infraestrutura, etc. Sabemos de uns poucos satisfeitos com a atenção que recebem dos nossos políticos, é uma atenção tão grandiosa que me pergunto o por quê? O que determinados cidadãos fazem para receberem um tratamento tão diferenciado, satisfatório? Outros se sujeitam as péssimas as condições sociais de nossa cidadezinha. Os fatos acorridos em nossa “terrinha” é de deixar qualquer um decepcionado e sem esperanças. Mas ainda que tudo isso ocorra, sempre haverá uma gota de esperança movida por um sentimento de renovação e luta.
    Esse jeitinho coreauense de lhe dá com a política e suas relações precisam ser mudadas, para o bem comum da cidade e, não somente de uns poucos, e nem tão poucos assim! Corruptos e corruptores da verba pública, verba essa que deveria ser empregada em ações que visem melhoria de nosso povo. Isso não e novidade para ninguém. É chegada a hora de dizer BASTA! Estamos cansados de tamanho atraso, desses chefes políticos [ainda bem que não são todos!] que não tem nenhuma competência, nem formação para gerir nossa cidade. Vamos dar um basta nesse espetáculo circense envolvendo Coreaú e o interesse da população. O espetaculoso mesmo seria ver nossa gente participando, entendendo e tentando mudar nossa cidade por meio do voto consciente e livre de qualquer corruptela. Pode ser que isso demore, mas esperançosa que sou, espero uma dia ver nossa tão sofrida cidade, em condições melhores em relação a que temos hoje.

Gleiciane Albuquerque.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Você viu o que o Partido do Trabalhadores criou especialmente para estas eleições?

Desenvolvemos uma página com material exclusivo para apoiar os candidatos e a militância durante as eleições municipais de 2012. Não deixe de conferir o vídeo abaixo, onde o André Guimarães explica todas as ações criadas pelo Partido.


Hoje em dia, dentadura só se tiver dente de ouro!!!

E o candidato chega na casa do “cidadão” pedindo a preferência do voto:
               - Boa Taaaaaarde meu amigo! Como é que vai, tudo Bem? Estamos aqui para cotar com o seu apoio este ano de novo!!! O Senhor, muito entediado, cansado de mais um dia de labuta... sem muitas esperanças de mudanças, após quatro, oito, doze, dezesseis anos de desesperança...pergunta:
- Mas o qui é qui o sior tem pra mim dar?
Na verdade, essa não deveria ser a pergunta mais politicamente correta... O “pobrezinho” do candidato(isso foi ridículo, não foi) fica meio desconfiado, sem graça... Não esperava uma pergunta tão... tão... tão... tão mesmo o quê? Seria essa a pergunta que os verdadeiros cidadãos deveriam fazer aos candidatos? Mas fazer o que né, se o povo tem o gestor que merece, o candidato tem o eleitor que foi cultivado por ele durante anos. Parece que uma coisa puxa a outra, é verdade, já vi meu tio puxando uma coisa com uma outra coisa.
Voltando para o candidato, ele meteu a mão no bolso da calsa e puxou uma... uma (tenho até vergonha de mencionar) uma dentadura, falei, pronto.
O senhor que esperava o bom da conversa ficou furioso:
- Tá pensando qui vai me enganar de novo? Na eleição passada, ocê me prometeu qui depois trazia o sapato do pé direito e até hoje! Eu não caio mais nessa não, seu... e tem mais... as coisas por aqui mudaram, riu. Pensa qui eu rou querer essa dentadurazinha simples... há...ha... há... tá muito inganado! Se quiser meu voto e o da muié, pode tratar de trazer uma bride com um dente ouro. E se ocê não der, o outro candidato dar, que ele deu pro meu vizinho foi o material de uma casa compreta, inté azulejo ele prometeu dar...
É... o candidato ficou meio triste, mas com aquele sorrizinho de “meu Deus”, onde eu fui me meter ou oque foi que eu fiz?...Ora, ora... Mas como eu falei antes, assim como o povo tem o gestor que merece, os candidatos têm o eleitor que foi criado por eles.
É incrível como as coisas evoluíram. Quando eu era criança, lembro dum tal de “cafezinho” que os candidatos davam para os seus eleitores, uma pneu de bicicleta, uma rede para dormir... o que também não era correto. Mas hoje, o cafezinho virou cafezãO, e olha que o café é mais gordo do que o que a Xuxa tomava no “Xou da Xuxa”; o pneu de bicicleta transformou-se numa moto, mas só se for "Honda", a rede? Que rede? O povo hoje querem é cama box.
Dessa forma, quando é que vamos ter uma política voltada para a educação, saúde, saneamento, moradia, segurança, emprego, etc. Quando será haverá realmente mudanças? Porque, por aqui... isso é comum em 99% dos candidatos e esse mesmo percentual de eleitores fazem isso. 
Do blog: EducAraquém

Perfil

Minha foto
Coreaú, Ceará, Brazil

Visualizações de página