quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CPT AVALIA QUE PLEBISCITO CONSEGUIU GERAR DEBATE SOBRE QUESTÃO AGRÁRIA

De 1º a 12 de setembro, brasileiros e brasileiras de todos os estados tiveram a oportunidade de opinar sobre a questão agrária através do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra. O resultado será divulgado nos próximos dias 18 e 19 de outubro, em Brasília (DF).

Por Karol Assunção
[29 de setembro de 2010 - 19h55]

De 1º a 12 de setembro, brasileiros e brasileiras de todos os estados tiveram a oportunidade de opinar sobre a questão agrária através do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra. O resultado será divulgado nos próximos dias 18 e 19 de outubro, em Brasília (DF).
Mesmo sem o resultado em mãos, Dirceu Fumagalli, coordenador nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), tem uma boa avaliação do Plebiscito. Isso porque, para ele, o objetivo principal foi alcançado: colocar a questão agrária na pauta de debates com a sociedade.

De acordo com ele, temas como Reforma Agrária, concentração de terras e soberania alimentar foram destaques em discussões em sindicatos, entidades sociais e veículos (com exceção das grandes empresas) de comunicação. "O debate ocorreu de forma positiva. Se não fosse o Plebiscito, talvez o tema ficasse fora de pauta", revela.

Para o coordenador da CPT, a sociedade respondeu de forma positiva aos debates levantados em torno da terra. Exemplo disso foi o que ocorreu na área acadêmica. Segundo ele, muitos universitários e professores entraram na discussão e elaboraram artigos e outros materiais a respeito do tema. "Muita gente produziu em cima do debate, são elementos que servem para subsidiar os movimentos populares", afirma.

As urnas e as mobilizações estiveram presentes em todos os estados brasileiros, mas, para Fumagalli, quatro locais merecem destaque: Maranhão, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. A articulação das organizações participantes e a qualidade dos debates foram os aspectos que chamaram a atenção dele para esses estados.

Entretanto, isso não significa que as discussões não tenham sido significativas em outros lugares. Segundo ele, a região Amazônica, por exemplo, teve dificuldade na articulação das organizações, o que não impediu a realização das atividades. "O debate, em si, foi bom", acredita.

Apesar de ainda não ter o número exato de pessoas que votaram na consulta popular, Fumagalli acredita que a quantidade de votos "não será tão expressiva" quanto os plebiscitos anteriores. "O contexto político é outro", explica. No ano 2000, o Plebiscito sobre a Dívida Externa contou com mais de 6 milhões de votantes. Já em 2002, a consulta sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) teve mais de 10 milhões de participantes.

Além de ter acontecido durante o processo eleitoral, o que, segundo Fumagalli, fez com que algumas organizações priorizassem o debate político, discutir o problema da terra no Brasil não é uma tarefa muito fácil. "A questão da agricultura brasileira não é tão simples. Desconstruir o modelo em curso é muito desafiador", considera.

Próximos passos

De acordo com Dirceu Fumagalli, haverá, nos dias 18 e 19 de outubro, uma plenária em Brasília para divulgar os resultados do Plebiscito e para traçar as estratégias para a continuação do debate. "Estamos na expectativa [do resultado], mas acreditamos que fizemos um bom debate e cumprimos um importante papel na sociedade", avalia.
Enquanto isso, o abaixo-assinado em apoio à emenda constitucional para inserir na Constituição Federal um inciso que limita a propriedade rural em 35 módulos fiscais segue disponível para assinaturas. Os interessados podem assiná-lo em: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/6322

Mais informações sobre o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade de Terra em: http://www.limitedaterra.org.br/index.php

SENADO: PESQUISA VOX POPULI APONTA EMPATE TÉCNICO NO CEARÁ

Sondagem divulgada ontem pelo portal iG mostra o senador Tasso Jereissati com 46%, contra 44% de Eunício Oliveira (PMDB) e 43% de José Pimentel (PT). Pelo Governo, Cid Gomes (PSB) mantém 54% das intenções de voto e pode vencer no primeiro turno

A nova pesquisa Vox Populi, divulgada na noite desta quarta-feira (29/09) pelo portal iG, ratifica que a disputa está embolada entre os três principais candidatos ao Senado no Ceará. Tasso Jereissati (PSDB), com 46% das intenções de votos, está tecnicamente empatado com o candidato do PMDB, Eunício Oliveira, que soma 44% da preferência dos eleitores e com o petista José Pimentel que tem 43%.

Como a margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, a indefinição sobre a escolha dos dois senadores deve seguir até o fim da apuração dos votos no Ceará. A pesquisa apontou ainda que, para o Senado, 29% dos eleitores disseram ainda estar indecisos.

A pesquisa Vox Populi/iG também mostra que o candidato à reeleição Cid Gomes (PSB) continua na liderança e pode vencer ainda no primeiro turno a disputa ao Governo do Ceará com 54% das intenções de voto. Lúcio Alcântara (PR) registra 19%, e Marcos Cals (PSDB) aparece 12%. Para não ir ao segundo turno, o candidato precisa alcançar metade dos votos mais um. Entre os entrevistados, 11% alegam ainda estar indecisos sobre a escolha do novo governador e 4% afirmam que vão votar em branco ou nulo.

O Vox Populi também verificou a preferência do eleitor cearense pelos candidatos à Presidência. Pelos resultados, Dilma Rousseff (PT) tem 70% das intenções de voto, contra 15% de José Serra (PSDB) e 8% de Marina Silva (PV).

A pesquisa foi realizada no dia 24 de setembro, com 800 eleitores, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 32.967/2010 e no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) com o número 59.370/2010.

Vox Populi em números

Senado:

Tasso Jeireissati (PSDB): 46%
Eunício Oliveira (PMDB): 44%
José Pimentel (PT): 43%
29% de indecisos

Governo do Ceará:

Cid Gomes (PSB): 54%
Lúcio Alcântara (PR): 19%
Marcos Cals (PSDB): 12%
11% de indecisos
4% vão votar em branco ou nulo

Presidência da República no Ceará:

Dilma Rousseff (PT): 70%
José Serra (PSDB): 15%
Marina Silva (PV): 8%

De Fortaleza,
Carolina Campos

FISCALIZAÇÃO MAIS EFICIENTE


Uma operação denominada "Coruja" é a responsável pela retirada de propaganda irregular das ruas da Capital

Desde a última segunda-feira, quando a fiscalização da Justiça Eleitoral desencadeou a "Operação Coruja", mais de 500 placas e cavaletes com propaganda irregular dos candidatos foram apreendidas. O depósito da Defensoria Pública, localizado na Rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, está abarrotado do material recolhido.

De acordo com o chefe de cartório da 94ª Zona Eleitoral, uma das três responsáveis pela fiscalização da propaganda, Carlos Helder, no último dia 25, a juiza coordenadora da Comissão de Fiscalização da Propaganda Eleitoral, Marlúcia de Araújo Bezerra, expediu um mandato de busca e apreensão para coibir as irregularidades.

Desde então, o setor de fiscalização vem agindo com rigor. Os candidatos vinham burlando a lei com relação ao horário de exposição do material de propaganda nas ruas e avenidas da Cidade. A Justiça permite a afixação das placas até as 22 horas. Ocorre que a maioria dos postulantes estava deixando o material nos logradouros públicos de um dia para o outro.

"Foi por isso que passamos a agir após esse horário", conta Carlos Helder, um dos coordenadores da fiscalização. Duas equipes formadas por dez pessoas cobrem os dois lados da Cidade. Os fiscais saem com um roteiro preestabelecido através de denúncias. No entanto, no caminho, vão parando e recolhendo tudo o que encontram em desconformidade com a lei.

Dentre os pontos mais visitados pela fiscalização, podemos destacar as praças Portugal (na Aldeota) e Manuel Dias Branco (na rotatória da Avenida Aguanambi), além da Avenida Heráclito Graça.

Com relação à poluição sonora, Carlos Helder destacou que as denúncias praticamente cessaram. "Realizamos algumas blitz e isso acabou por inibindo essa prática. O resultado é que não recebemos mais queixas".

Tira e coloca

Para se ter uma ideia da intensificação da fiscalização, até o último domingo tinham sido apreendidas pouco mais de 50 placas. Na segunda-feira, a ação da Justiça Eleitoral contabilizou 132 placas. Na terça-feira, chegou a 132. Ontem, antes do meio dia, foram mais 89, totalizando nas últimas 60 horas 455.

Esse número, conforme o fiscal Jackson Barreto, superou com certeza a marca de 500 até a meia-noite de ontem. "Enfrentamos uma briga de gato e rato. A gente tira a placa e, no outro dia, o mesmo candidato manda colocar outra. Mas, não nos daremos por vencido e vamos continuar a agir sem trégua", conta Jackson. Segundo o fiscal, a 94ª Zona Eleitoral, que está à frente da fiscalização nesta semana que antecede o pleito, um relatório completo está sendo feito para o juiz a fim de que todos venham a ser punidos de conformidade com a lei.

Dentre os candidatos campeões em irregularidade, um que busca vaga na Assembleia Legislativa e, mesmo assim, defende a pena de morte, teve nada menos do que 135 placas retiradas de circulação.

Outros casos dizem respeito a candidatos a cargo majoritários e proporcionais. Quase todas as coligações ou partidos tiveram material confiscado. Para cumprir a determinação judicial, os fiscais utilizam duas caminhonete tipo van que foram requisitadas à Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam).

Crime eleitoral


Os veículos, que comportam normalmente 12 pessoas, tiveram um dos bancos retirados a fim que coubesse o material retirado das ruas e avenidas.

No próximo domingo, dia da eleição, não acontecerá a fiscalização propriamente dita. É que todas as ações irregulares serão consideradas crime eleitoral e, como tal, devem ser denunciadas à Polícia Federal. A estrutura hoje existente ficará à disposição da força policial, inclusive o disque-denúncia, que poderá ser usado pelo eleitor, principalmente para denunciar a prática da boca de urna, tão usual, mas proibida pela lei.

DIÁRIO DO NORDESTE

ELEITOR VAI PRECISAR APENAS DE DOCUMENTO COM FOTO

Para votar na candidata Dilma Rousseff, o eleitor vai precisar apenas de um documento oficial com foto, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quinta-feira (30). A determinação de apresentar dois documentos na hora de votar, o título e mais um documento oficial, foi fixada pela minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado.
Dos dez ministros do SFT, apenas Gilmar Mendes e Cezar Peluso votaram a favor da obrigatoriedade do Título de Eleitor para o voto. 

Mais de 135 milhões eleitores são aguardados em todo o Brasil no próximo domingo, dia 3 de outubro. A votação começa às 8h da manhã e vai até às 17h.

Cada eleitor vai escolher seis candidatos: presidente, governador de estado, dois senadores, deputado federal e deputado estadual ou distrital.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DILMA ROUSSEFF RECEBEU APOIO MACIÇO DOS CRISTÃOS

A candidata à Presidência da República pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, se reuniu hoje por cerca de duas horas com representantes de 11 entidades religiosas de todo país em Brasília. Os cristãos declararam apoio maciço à petista nas eleições de domingo. Os líderes religiosos também divulgaram uma carta aberta repudiando “a boataria cruel e mentirosa” que vem sendo disseminada contra Dilma na Internet.
Após o encontro, Dilma concedeu uma entrevista coletiva em que reafirmou seu compromisso com a vida e sua posição contrária ao aborto. A candidata também rejeitou a possibilidade de convocação de um plebiscito no país para decidir sobre a questão. “Não sou a favor de um plebiscito porque ele dividiria a nação entre aqueles que defendem e aqueles que são contra. A legislação existente hoje pacifica todas as posições. Eu sou contra mudar a lei”, enfatizou.
Ela também salientou que nunca fez qualquer referência sobre a vitória nas eleições baseada em pesquisas, lembrando que os jornalistas são testemunhas disso ao longo de sua jornada na campanha. Por isso, ela fez questão de repudiar as informações falsas que estão circulando pela Internet afirmando que ela usou inclusive Deus para dizer que não seria derrotada.
"Eu lamento isso profundamente, porque nunca saíram da minha boca palavras nesse sentido”, argumentou.
Valores pela vida
Durante o encontro, os cristãos deram declarações de apoio à candidata e reafirmaram que confiam na sua posição e na capacidade de Dilma de valorizar a família e os valores pela vida. “Vocês podem ter certeza que nossa relação será pautada pelo diálogo, pela parceria e pela colaboração”, disse Dilma para os cristãos.
Dilma afirmou que precisará do apoio das igrejas principalmente no combate às drogas, em especial ao crack. “Sozinho, o Estado não vai conseguir resolver esse problema das drogas e do crack. Por isso, vai ser fundamental nossa parceria com as igrejas a as casas de reabilitação”, comentou.
O presidente do Conselho Nacional de Pastores do Brasil, bispo Manoel Ferreira, disse que Dilma é “um instrumento de Deus e do presidente Lula” para continuar realizando a mudança que o Brasil precisa.

JUIZ REJEITA DENUNCIA CONTRA TIRIRICA POR SUPOSTO ANALFABETISMO

A Justiça Eleitoral de São Paulo rejeitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral contra o palhaço Tiririca (PR) por causa do suposto analfabetismo do candidato. O juiz que recusou a ação defende que pessoas do povo, como Tiririca, tem o direito de se candidatar até para garantir que o legislativo não sofra com o fenômeno do "elitismo".

O juiz Aloísio Sérgio Rezende Silveira, se baseou no entendimento do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), durante o processo de registro de candidatura, de que não não havia qualquer causa de inelegibilidade, inclusive quanto à instrução mínima.

Na decisão, o juiz afirma que, "a legislação eleitoral, desde a Constituição Federal até os atos infralegais, não exige que os candidatos possuam mediano ou elevado grau de instrução, mas apenas que tenham noções rudimentares da linguagem pátria, tanto que é preceito do próprio Estado democrático de Direito a pluralidade / diversidade, buscando-se evitar, inclusive, a formação de um elitismo no corpo dos membros dos poderes legislativo e executivo."
O promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, queria fazer um teste de escrita e leitura com o candidato.

A Procuradoria Eleitoral --ligada ao Ministério Público Federal-- negou na segunda-feira a possibilidade de impugnação da candidatura, mas destacou que está tomando as "medidas necessárias" para apurar os indícios de que Tiririca não sabe ler nem escrever.

Sucesso

Enquanto o procurador Maurício Antune trava sua cruzada particular de perseguição ao Tiririca, o sucesso da candidatura debochada do palhaço só aumenta. Seus eleitores já não se restringem mais aos que optam por um voto de protesto. Tiririca está ganhando adesão também dos que buscam um candidato que seja "a cara do povo".  Até a imprensa internacional já descobriu a "fama" de Tiririca, que foi personagem de matéria no jornal francês Le Monde e em vários veículos de comunicação de Portugal.

A popularidade da candidatura de Tiririca a deputado federal em São Paulo tem empolgado os moradores de sua cidade natal, Itapipoca, no Ceará.
A prefeitura do município, de pouco mais de 100 mil habitantes, já conta com o apoio do palhaço no Congresso Nacional em caso de vitória nas urnas.

"Ele vai nos ajudar nos apresentando para pessoas de influência em Brasília. Eu vejo ele como um representante dos nordestinos", diz o prefeito João Barroso (PSDB).

A origem do palhaço é lembrada na propaganda de deputados estaduais e federais do PR no Ceará.

Na TV, Tiririca aparece pedindo voto para os postulantes de sua legenda com o bordão: "Nesta eleição não erre, vote nos candidatos do PR. Os candidatos lindo [sic]".

PESQUISAS APONTAM VITÓRIA DE DILMA NO 1° TURNO

Duas pesquisas de intenções de voto divulgadas na manhã desta quarta-feira (29) desmantelaram a versão de que as eleições presidenciais caminham, naturalmente, para o segundo turno. De acordo com os levantamentos CNI/Ibope e CNT/Sensus, a candidata Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, mantém larga liderança e deve vencer, já em 3 de outubro, a disputa contra José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).

Conforme os números da CNI/Ibope concluída na segunda-feira, Dilma venceria a eleição no primeiro turno com 50% dos votos totais — e 55% dos votos válidos (que excluem indecisos, brancos e nulos). Serra tem 27%, enquanto Marina apresenta 13%. Outros 8% não sabem ou votarão em branco ou nulo. A pesquisa foi feita entre os dias 25 a 27 de setembro. Foram feitas 3.010 entrevistas em 191 municípios.

Mesmo num cenário em que a margem de erro for totalmente desfavorável a Dilma, a pesquisa não detecta chances de segundo turno. Em relação à pesquisa Ibope da semana passada, Dilma manteve suas intenções de voto, Serra caiu um ponto percentual e Marina cresceu um ponto. O resultado contrasta com a tendência de queda de Dilma apontada pelo Datafolha na sua estranha pesquisa feita integralmente na segunda-feira. 

Na simulação de segundo turno entre a petista e o tucano, Dilma venceria a eleição com 55% dos votos, contra 32% de Serra. Em junho, Dilma tinha 45% e Serra 38%. Na hipótese de uma disputa entre Dilma e Marina Silva, Dilma teria 56% dos votos, contra 29% da verde. Em um eventual segundo turno entre Serra e Marina, o tucano venceria a eleição com 43%, contra 35% da candidata verde. 

Na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde em quem votará sem ter acesso a lista dos candidatos, Dilma lidera as intenções de voto com 44% das indicações; Serra tem 21%, Marina aparece com 10% e o presidente Lula — que não poderia se candidatar, —ainda é apontado por 1% do eleitorado. Os demais candidatos somam 1%. Brancos e nulos chegam a 7%, e outros 18% não souberam responder.

Serra é o que tem o maior índice de rejeição. Segundo o levantamento, 34% dos entrevistados disseram que não votariam nele. Nesse quesito, Marina tem 28% de rejeição e Dilma 27%. Quanto ao partido de preferência dos eleitores, o PT aparece na frente, citado por 27% dos entrevistados, seguido pelo PMDB e PSDB com 5%, cada um. Aqueles que não têm preferência por partido representam 48%.

Sensus

Um cenário eleitoral semelhante é detectado pela pesquisa CNT/Sensus. Levantamento do instituto realizado entre os dias 26 e 28 de setembro em 24 estados mostra Dilma com 47,5% de intenções de voto, ante 25,6% de Serra e 11,6% de Marina. Nos votos válidos, a vantagem de Dilma, que tem 54,7%, também é levada. Serra aparece muito atrás, com 29,5%%, seguido de Marina, que tem 13,3%.

No levantamento anterior, Dilma havia registrado 50,5% das intenções de voto, enquanto Serra tinha 26,4% das intenções de voto e Marina registrava 8,9%. A candidata do PV foi a única entre os três principais candidatos a registrar elevação na estimativa das intenções de voto. Os demais candidatos à Presidência mantiveram índices inferiores a 1% 

Com esse cenário, Dilma seria eleita ainda no primeiro turno. A margem de erro — de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos — não prevê chances pontuais de segundo turno. Votos brancos e nulos somam 3,6%, ao passo que 9,5% dos entrevistados disseram estar indecisos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 33103/2010.


Portal Vermelho

SERRA DEFENDE AUMENTAR A IDADE PARA O TRABALHADOR SE APOSENTAR

Diante de uma plateia de funcionários públicos, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou nesta quarta-feira (29) que, se eleito, tem a intenção de promover uma reforma da Previdência, baseada na idade dos contribuintes, que pode atrasar a aposentadoria de milhões de trabalhadores.

"Eu, particularmente, toda a questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, que funcione", disse o presidenciável. "Eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração. Essa é uma questão importante, mas há algo que temos de examinar com a abertura, para fazer uma coisa séria. Do contrário, nós ficamos com um pé em cada canoa nessa matéria".

Mais tarde, questionado por jornalistas, o ex-governador de São Paulo afirmou que seus comentários sobre o assunto foram "apenas ênfase", e que é favorável à aposentadoria integral para funcionários públicos. "[Mas] também não precisam se aposentar com 40 e poucos anos", afirmou. 

Atualmente, homens têm direito à aposentadoria integral se comprovarem 35 anos de contribuição previdenciária, contra 30 anos das mulheres. Existe também a possibilidade de requerer aposentadoria proporcional - a partir dos 53 anos de idade e 30 anos de contribuição para os homens, e dos 48 anos de idade e 25 de contribuição para mulheres.

Essas modalidades estão sujeitas ao cálculo do fator previdenciário, equação que leva em conta a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição e a expectativa de vida divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a idade do segurado.

Há ainda a aposentadoria por idade. Nessa categoria, homens e mulheres precisam ter, respectivamente, 65 e 60 anos - para os trabalhadores rurais são necessários 60 anos completos para homens e 55 para mulheres.

O tucano, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, não defendeu nenhuma idade específica para promover mudanças na Previdência se for eleito. "Tem que examinar as leis", disse ele, que se comprometeu a ter "diálogo com as entidades para formular mais eficiente". O encontro foi promovido pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

Fonte: UOL

A DERROTA DA MÍDIA E DA OPOSIÇÃO DEMO-TUCANA

Marcio Cruz *
Nos processos eleitorais de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006, em alguns casos, além de Lula, tivemos outros candidatos carismáticos. O sentido de líder carismático enunciado por Weber não ocorre nestas eleições. Com a ausência deste elemento na campanha, as incursões do debate público favorecem a estratégia do governo de comparação plebiscitária entre duas experiências de concepção de Estado e Gestão Pública.

Sem mudar a estrutura do poder [presidencialismo de coalizão(1) com suas respectivas contingências, como o fisiologismo) e sem mudar a estrutura de distribuição da renda no país (hoje, como ontem, 10% dos mais ricos consomem 75% de toda a riqueza produzida no Brasil(2)], dois elementos estruturantes da política se alteraram de FHC para LULA: a construção da cidadania de consumo e da cidadania de participação.

Vinte milhões de pessoas que viviam na linha da pobreza (mais que a população do Chile) passaram a ser público alvo de programas sociais de distribuição de renda por parte do governo; ao mesmo tempo, houve a subida na pirâmide social de mais de 30 milhões de pessoas (quase a população da Argentina) por meio da elevação dos salários, crédito e oportunidades de emprego.

A consolidação de uma cidadania com participação política se deu em espaços onde a sociedade organizada pode se manifestar - conferências e conselhos -, e possibilitou que algumas destas manifestações se transformassem em programas do governo. Em oito anos foram realizadas setenta e duas conferências nacionais. Mais de cinco milhões de pessoas participaram dos processos nos níveis municipal, estadual e nacional. Há inúmeras redes sociais vinculadas a políticas públicas atuando numa abordagem de educação popular, legitimando saberes, conhecimentos e comunidades, entre elas, quilombolas e originárias, que estiveram por décadas à margem de uma participação cidadã.

Diante da ação do Estado em quase todas as áreas, tanto a esquerda (de centro ou radical) quanto a direita (incluindo a extrema e centro-direita), ficam sem discurso próprio. Estes setores só conseguem dialogar com a sociedade civil organizada e com a opinião pública pautados pelas grandes transformações por que passa o país na era Lula, para refutar, questionar ou afirmar o que está sendo realizado pelo governo. A isso que Gramsci chamava de hegemonia.

Serra ressuscitou um discurso conservador e ideológico de direita por meio de temas como o aborto, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), política de relações internacionais do governo com a Ásia e a África, política comercial com países do eixo sul do planeta (que têm governos progressistas ou de esquerda) e de uma maneira pouco habilidosa, ficou nas mãos do principal partido de direita da política brasileira, o ex-PFL e atual DEM, quanto à escolha do vice em sua chapa.


Talvez seja esta a grande novidade nas eleições deste ano, à direita política, social e religiosa se sente à vontade para influir nos rumos da agenda pública na campanha de Serra com ampla cobertura pela mídia.


A oposição não consegue convencer o eleitorado de que o "país vai mal". Não consegue simplesmente porque isso não é fidedigno com a realidade das pessoas e das instituições públicas e privadas. Sobra a estratégia da promoção de factóides "éticos" e "morais", que têm mais apelos em uma classe média que não a emergente, porque esta parece não desejar arriscar retrocessos em sua trajetória de ascendência econômica.

Apesar de todas as pesquisas eleitorais, não há garantias de que Dilma ganhará as eleições no primeiro turno. Mas, diante das evidencias, é pouco provável que Serra saia vitorioso destas eleições. A aliança PSDB/DEM/PPS não tem discurso que dialogue com as conquistas sociais do governo Lula, conquistas estas que têm impacto sobre a realidade imediata de mais de cinqüenta milhões de brasileiros/as e conta com o apoio de um contingente ainda maior, vista a aprovação do atual governo na casa de 79%, que somados a avaliação regular, 17%, o presidente Lula tem 96% de não rejeição, ou uma avaliação negativa na casa dos 4%.(3).

A grande mídia insiste numa agenda agressiva contra Dilma e o PT, eleva o tom com denuncias e tenta emplacar uma agenda de escândalo político. No entanto, como demonstrou John B. Thompson no livro publicado em 2000 e que mereceu tradução brasileira em 2002, como O escândalo político(4), em verdade, não existe escândalo político, e sim, "escândalo midiático". Ele ocorre por conta de uma agenda permanente, de enquadramento similar e integrado no sistema de comunicação de massa, mas só se realiza quando a opinião pública adere a seus apelos.


As pesquisas de intenção de voto têm demonstrado o contrário. A tentativa de promover um "escândalo político" por conta da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas à família do candidato da oposição (filha e genro) não alcançaram os resultados desejados, tentam agora outro "escândalo" envolvendo familiares da Ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que pediu demissão no último dia 16 de setembro, este episódio, de maior gravidade que o primeiro.


Apesar de todo o esforço da mídia em ligar os "escândalos de governo" a campanha eleitoral (com fatos a serem investigados por instituições do estado democrático de direito) o candidato Serra tem oscilado na margem de erro a cada resultado dos institutos de pesquisa, enquanto a candidata Dilma tem se mantido no patamar capaz de decidir as eleições presidenciais no primeiro turno. Mesmo a elevação das intenções de voto em Marina Silva do PV não demonstra a existência da "onda verde" que ela apregoa, uma vez que a cada ponto a mais a seu favor nas intenções de voto, é deslocamento do eleitorado já decidido em não votar em Dilma, ou seja, é a troca do seis por meia dúzia na aritmética eleitoral.

Depois do processo eleitoral serão muitas as explicações para o eventual fracasso da mídia e da oposição, tanto em disputar a presidência quanto, ao que parece, em eleger uma bancada de oposição consistente para a Câmara Federal. Observando a agenda da mídia, ou seja, os assuntos que pautaram os meios de comunicação sistematicamente antes e durante o processo eleitoral encontraremos um caminho para explicar o fracasso eleitoral de Serra e dos "mass mídia". Estudos sobre agenda-setting [McCombs e Donald Shaw - 1972(5)] elucidam a competência da mídia para definir a agenda pública (assuntos que se tornam públicos), mas, como não se comunica com um sujeito passivo, a mídia não tem como determinar o que as pessoas pensam sobre cada assunto (agenda) que construiu, portanto este caminho é insuficiente para explicar sozinho o fracasso eleitoral dos "mass mídia" nas eleições deste ano.

É o que ocorre com as tentativas de construção de "escândalo midiático", a opinião pública tem demonstrado tendência diversa daquela que a grande mídia pretende como resultado, qual seja, um deslocamento das intenções de voto em favor do candidato da oposição, ao contrário, quando há algum deslocamento significativo, tende favoravelmente a candidata do PV Marina Silva.

A legitimidade da grande mídia como espaço de construção de consensos merece ser analisada e questionada. Assim como as teorias que identificam nos partidos uma crise de representatividade, a grande mídia pode estar experimentando um esgotamento em sua capacidade de construir ambientes de consensos. Em boa medida, porque se tem distanciado da percepção de realidade que experimenta um enorme contingente da população brasileira, no que se refere à sua versão sobre o momento por que passa o país. Há também, estudos sobre à contra hegemonia a grande mídia por meio de outras formas de comunicação: redes virtuais, blogs, twitter, mailings pessoais ou corporativos, entre outros, que atuaram nestas eleições, ainda a serem confirmados.

Teremos de esperar o encerramento do calendário eleitoral, no entanto, há uma tendência de que esta eleição presidencial passará para a história como aquela que isolou um discurso do centro e da esquerda do espectro político, deu visibilidade às agendas da direita que há tempos não existia e a uma plataforma de continuidade das transformações sociais decorrentes do governo Lula. Pela primeira vez na democracia recente, tende a confirmar o terceiro mandato consecutivo de um partido à frente da Presidência da República, com a primeira mulher no cargo de Chefe de Governo e de Estado do país, a contragosto da grande mídia e de setores da elite brasileira. Essa tem sido a virtude da democracia em nosso país, apesar das nuvens golpistas que inspiram setores conservadores e reacionários e assombram a América Latina depois do episódio do golpe civil/militar em Honduras.

Notas:
(1) ABRANCHES, Sérgio Henrique. "O presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro". In: Dados 31(1), 1988, pp. 5-33.

(2) POCHMANN, Marcio. O país dos desiguais. Lemond Diplomatic.http://diplomatique.uol.com.br/artigo.php?id=30&PHPSESSID=2992afb2cd65c8594faad2ff286459fc. Ultimo acesso: 17/09/10

(3) Pesquisa DataFolha encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de São Paulo, entre os dias 23 e 24 de agosto.http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/08/26/datafolha-governo-lula-atinge-novo-recorde-com-79-de-aprovacao-917478223.asp. Acesso em: 23/09/10

(4) LIMA, Venício A. Muito Calor, Pouco Debate: Escândalos midiáticos no tempo e no espaço. Observatório da Imprensa. 10/4/2006,http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=376JDB002, acesso em: 17/09/10

(5) PORTO, Mauro. Enquadramentos da Mídia e Política. In: RUBIM, A. A. C. (org). Comunicação e política: conceitos e abordagens. Salvador: EDUFBA/Unesp, 2004


* Bacharel em Sociologia e Política (FESP), Mestre em Ciências Sociais com Ênfase em Ciências Políticas (PUCSP), Assessor no Gabinete Pessoal da Presidência da República

A DIREITA NEM COGITA UMA POLÍTICA DE APOIO REAL A AGRICULTURA FAMILIAR

No debate entre os principais candidatos ao governo do Estado do Ceará, ontem (28 de setembro) na TV Verdes Mares, algo chamou a atenção: os ataques a Cid Gomes (PSB), depois do direito de resposta cedido a ele pela justiça eleitoral devido a veiculação de informações infundadas da revista Veja nas propagandas de Lúcio Alcântara (PR) e Marcos Cals (PSDB), foram bem menos agressivos do que das últimas vezes (só até o finalzinho).

Entre os vários tópicos do debate, Cid deixou claro seu total apoio ao projeto de transposição do rio São Francisco seguindo o pressuposto de que este só veio para ajudar a acabar com a sede no Nordeste e impulsionar o crescimento. Soraya Tupinanbá (PSOL) foi na contramão desta linha de pensamento, argumentando que a transposição não é para benefício da população verdadeiramente necessitada, mas para grandes empresas e para o agronegócio dos latifundiários.

Quando questionado sobre qual era a sua postura relativa ao uso intensivo de agrotóxicos nos perímetros irrigados do Ceará, e não só nestes, mas na agricultura em geral, que adquiriu um caráter de ameaça a saúde pública, ele apontou, de maneira bem evasiva, como uma ação concreta a destinação das embalagens e demais resíduos para lugares tidos como “seguros”. Nenhuma medida realmente eficaz foi cogitada.

O lema “por um Ceará moderno e forte”, de Marcos Cals e o conceito de modernidade adotado pelos tucanos cearenses, deixa claro que este também apoia a proposta, não de acabar com o problema, mas de ampliá-lo.

Lúcio durante o período em que governou o Ceará também nunca atuou no incentivo de práticas da agricultura familiar agroecológica de maneira satisfatória, logo, é de se esperar que com ele também nada mude com relação a isso.

Cabe a nós filiados e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, numa eventual reeleição de Cid, cobrar veementemente atitudes reais em benefício da classe trabalhadora de nosso estado.

Coligado não é sinônimo de submisso. Temos que fazer uma escolha: ou somos a favor dos latifundiários da exportação que pouco empregam e que muito destroem os nossos recursos naturais, ou defendemos a produção sustentável na agricultura familiar, que gera muito emprego, não agride o meio ambiente e que só ajuda a melhorar a qualidade de vida de nosso povo sertanejo.


(Benedito Gomes Rodrigues - Coreaú)

O MAIS NOVO SUCESSO NO YOU TUBE

Foi recentemente veiculado no you tube um trecho do que seria José Serra, candidato a presidência da república pelo PSDB, dando uma aula a alunos do primário de uma escola de São Paulo na gravação de uma de suas propagandas eleitorais.

O economista de formação, ao fazer uma porcentagem no quadro, tentou realizar uma divisão simples de 170/37. Acabou chegando ao inusitado resultado de 48, o correto seria aproximadamente 4,6. (Passou bem longe)

Ele, que tem como uma de suas principais propostas o reajuste do salário mínimo para R$600 ainda em 2010, parece estar no mínimo “enfurrajado”. Será que, propondo seguir com o que restou da política econômica de FHC no Brasil e retornar com alguns pontos que foram deixados de lado pelo governo Lula podemos confiar nele, economista que não sabe dividir, para nos governar?

Certamente não.

(Benedito Gomes Rodrigues - Coreaú)

DEBATE REDE GLOBO

Acontece amanhã o último debate do primeiro turno das eleições 2010 entre os presidenciáveis. Organizado pela Rede Globo de Televisão, terá participação de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

Exercite sua Cidadania. Analise com cuidado a postura e as propostas dos candidatos. O debate terá início às 22h31. 

PESQUISA CNI/IBOPE APONTA VITÓRIA DE DILMA

A pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje, indica na pesquisa estimulada que a candidata da coligação Para o Brasil seguir mudando, Dilma Rousseff, vencerá no primeiro turno, com 50% das intenções de voto. O tucano José Serra aparece com 27%.

Se computados apenas os votos válidos, a candidata tem 55%. “A eleição será definida no primeiro turno pela elevada aprovação do governo”, explica o diretor de Operações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. Desde a última pesquisa realizada pela CNI, em junho, Dilma subiu 12 pontos, enquanto o candidato tucano caiu cinco.

Ainda mais expressiva foi a ascensão da candidata na pesquisa espontânea, na qual os entrevistadores não citam os nomes dos candidatos. Nesta modalidade, Dilma (44%) cresceu 22 pontos percentuais, e Serra (21%) apenas cinco.

Quase metade (48%) dos entrevistados afirma que “com certeza” votará em Dilma, enquanto somente 24% fala o mesmo sobre Serra. O levantamento também analisa um “cenário reduzido”, onde não são computados os votos dos candidatos de pequenos partidos.  Neste recorte, Dilma (51%) cresceu 11 pontos, e Serra (27%) diminuiu oito.

A margem de erro é de dois pontos percentuais. O Ibope ouviu 3.010 pessoas, entre os dias 25 e 27, em 191 municípios.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

PIMENTEL CRESCE CINCO PONTOS NA PESQUISA DATAFOLHA

A pesquida DataFolha para o Senado Federal divulgada pelo jornal O Povo nesta terça-feira, 29, aponta o candidato do PT e da coligação “Por Um Ceará Melhor Pra Todos”, José Pimentel, com 36% das intenções de voto, o que representa um crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao último levantamento do instituto. 
 
Pimentel aparece empatado tecnicamente com seu colega de chapa, Eunício Oliveira (PMDB), que obteve 41% das intenções de voto. Pimentel também apresentou importante crescimento na capital, ficando com 41% da preferência do eleitorado de Fortaleza.
 
Por outro lado, o candidato adversário, do PSDB, continua apresentando vertiginosa queda. Na primeira pesquisa divulgada em agosto aparecia com 59%, caiu para 52%, em setembro caiu para 48% e, agora, amarga uma queda de quatro pontos percentuais, ficando com 44% das intenções de voto, empatado tecnicamente com o segundo colocado.
 
O resultado mostra claramente a tendência dos eleitores cearenses de eleger Pimentel 135 no dia 3 de outubro - o primeiro senador do Partido dos Trabalhadores do Ceará.
 
Segundo a coordenação da campanha, está na hora de “apimentar” a eleição e de todos participarem do esforço de eleger o senador do Lula. “Tire a blusa vermelha do armário, use uma fita no braço, ponha a estrela do PT e leve a bandeira de Pimentel 135. Manifeste o seu voto em todas as formas possíveis”, diz a coordenação.

GUERRA ABERTA


Escrito por Wladimir Pomar   
21-Set-2010
 
Se antes poderia haver alguma dúvida, entre alguns setores da campanha Dilma, de que a guerra contra a candidata petista se tornaria aberta, suja e sem qualquer limite, talvez a última semana tenha sido a demonstração clara de que tais dúvidas não passavam de ilusões infantis.
 
Veja, Globo, Folha de S. Paulo, Estadão e outros órgãos da famosa grande imprensa, o chamado quarto poder, não demonstram qualquer preocupação em serem vistos como a artilharia pesada dessa guerra. Suas manchetes diárias e semanais são sempre, inexoravelmente, a pirita garimpada em investigações cuja credibilidade dificilmente pode ser comprovada. Para quem criou o escândalo da Escola Base e outros, forjados nas cozinhas das redações, que diferença faz criar estes, em que se joga o destino da política que essa grande imprensa defende?
 
"Cartas abertas", assinadas por "personalidades" que talvez não saibam que seus nomes estão sendo utilizados, repetem pela Internet os antigos e surrados argumentos anti-Lula e anti-PT, que pareciam enterrados desde 2002. Bolsões reacionários de militares da reserva saem a público para ameaçar golpes. FHC compara Lula a Mussolini e apela a forças ocultas para barrar a caminhada do petismo. E, em drops da imprensa, repetem-se os comentários que sustentam as possíveis semelhanças do governo Lula com Vargas e seu fim.
 
Se a campanha Dilma e a direção do PT continuarem ignorando esse conjunto de sinais de desespero de uma direita reacionária que tinha como certa sua volta ao governo, o caminho para o segundo turno e até para uma derrota podem estar traçados. Essa direita não vai se contentar com a saída de Erenice da Casa Civil e quase certamente jogará novos pacotes podres sobre a mesa, na expectativa de que o governo, o PT e a campanha Dilma continuem cometendo erros, e ignorando a natureza da atual ofensiva oposicionista.
 
Os dados do Instituto Datafolha, divulgados no dia 16/9, parecem moldados de forma que o PT e a campanha Dilma continuem acreditando que vencerão no primeiro turno, sem necessidade de qualquer reação maior. Dilma marcou 51% das preferências eleitorais, enquanto Serra se manteve com 27% das intenções de voto, e Marina seguiu com 11%. Aparentemente, o melhor dos mundos.
 
No entanto, podem-se descobrir algumas surpresas nessa pesquisa, desde que se coloque de lado a euforia e se busquem as tendências reais. Entre os eleitores bem informados, a intenção de votos em Dilma desceu para 46%, enquanto em Serra subiu para 33%, e em Marina para 14%. Com isso compreende-se por que a grande imprensa vem martelando incessantemente para ‘informar’ o eleitorado sobre os ‘fatos’ que tem criado nos bastidores, mesmo que tais ‘fatos’ não passem de falsificações. Se conseguir que o conjunto do eleitorado se deixe convencer por essas informações falsas, o segundo turno estará configurado.
 
É significativo que Dilma tenha caído na preferência do eleitorado, em caso de segundo turno, em estados como Rio Grande do Sul e Paraná, assim como em Brasília. E que sua subida em outros estados e cidades importantes tenha se mantido dentro da margem de erro. Este pode ser um sinal de que o ritmo de crescimento da candidatura Dilma foi afetado pelas denúncias e escândalos criados pela aliança do tucano-pefelismo com a grande imprensa, embora ainda não de forma avassaladora.
 
Nos próximos quinze dias antes das eleições, se a campanha Dilma e o PT não forem suficientemente ágeis para criar mobilizações massivas, passar ao contra-ataque na diferenciação entre seu projeto político e o projeto de Serra e Marina, e gerar fatos políticos de repercussão, a corrosão da candidatura Dilma pode chegar àquele nível procurado pelo quarto poder.
 
Feito isso, a grande imprensa continuará convencida de que é capaz de moldar a opinião pública com mentiras e falsificações, da mesma forma que Goebbels e outros gurus da comunicação de massa acreditavam. E, certamente, configurado o segundo turno, virá com armas ainda mais letais. Se a meta da campanha Dilma é evitar que isso aconteça, esta é a semana decisiva para revirar o jogo.
 
Wladimir Pomar é analista político e escritor. 

NO CEARÁ, DILMA MANTÉM 65%; SERRA TEM 15%

Apesar de denúncias recentes, Dilma Rousseff se mantém com 65% entre os cearenses. José Serra oscila dois pontos pra cima e chega a 15%. Marina permaneceu com 8%
 

Os escândalos recentes envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, parecem não ter respingado na imagem de sua antecessora no cargo, a presidenciável Dilma Rousseff (PT), perante o eleitorado cearense. A quarta pesquisa O POVO/Datafolha sobre a corrida eleitoral ao Planalto mostra a petista com 65% das intenções de voto na consulta estimulada, mesmo percentual de duas semanas atrás. Em segundo lugar, José Serra (PSDB) oscilou dois pontos para mais, chegando a 15%. Marina Silva (PV) vem em seguida, com os mesmos 8% de antes.

Apesar da pouca oscilação, Serra melhorou seu desempenho entre alguns segmentos, como entre os eleitores de 45 a 59 anos (de 14% para 25%), com ensino superior completo (de 16% para 24%) e de maior poder aquisitivo (de 19% para 24%). No interior, ele foi de 12% para 16%.

Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Levi Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) foram citados, mas não atingiram 1%. José Maria Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO) e José Maria (PSTU) não foram citados. Nulos e brancos somam 3%. Os indecisos passaram de 12% a 9%.

Na espontânea, quando os entrevistados não têm acesso ao nome dos candidatos, Dilma aparece com 52%, um ponto a mais do que antes. Serra vai de 9% para 12% e Marina, de 5% para 6%. Já em caso de segundo turno entre Dilma e Serra, ela teria 71%, mesmo percentual anterior. Serra oscilou de 19% a 22%. Brancos e nulos passaram de 4% a 3% e os indecisos, de 7% a 4%.

A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos. Foram entrevistados 985 eleitores de 44 municípios nos dias 23 e 24. A pesquisa foi registrada no TRE (nº 57467/10) e no TSE ( 32025/10).
Robson Braga
robsonbraga@opovo.com.br

MENTIRAS E MANIPULAÇÕES

Seria impossível enumerar todas as baboseiras levantadas pelos palestrantes no Clube Militar

28/09/2010

Mário Augusto Jakobskind
Rio de Janeiro (RJ)

O Clube Militar serviu de cenário na semana que passou para um espetáculo dos mais deprimentes e que confirmou a quantas anda a saúde do jornalismo de mercado. La falaram, sem o menor constrangimento, para um público constituído, sobretudo de militares da Reserva, a maioria apoiadora do golpe de 64, Merval Pereira, de O Globo, Reinaldo Azevedo, da revista Veja e um tal de Rodolfo Machado Moura, diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert).

Nunca vi tanta mentira e manipulação da informação em um curto espaço de duas horas como o apresentado no Clube Militar. Seria impossível enumerar todas as baboseiras levantadas pelos palestrantes. Algo que depõe contra o jornalismo brasileiro.

Para se ter uma idéia, o amestrado colunista de O Globo afirmou enfaticamente que o eleitorado brasileiro é constituído por “60% de analfabetos funcionais sem condições de discernir entre o bem e o mal”. Elitismo em mais alto grau e com base em informação sabe-se lá de que fonte. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2009, o número de analfabetos funcionais no Brasil não ultrapassa os 20%. De onde então o cascateiro Merval Pereira tirou esse percentual?

Possivelmente do ódio que nutre a quem não aceita o seu ideário e de O Globo.

Merval Pereira, como querendo justificar que a ideologia de seu jornal e demais veículos da mídia de mercado não consegue convencer os brasileiros, culpou os supostos analfabetos “que Lula se aproveita para convencer”, pelo resultado das recentes pesquisas. Para Merval, o “bem” quer dizer votar em José Serra ou Marina Silva. O “mal” é o “outro lado”..Não tem coragem de dizer isso abertamente, mas está implícito.

E tem muito mais: todos os três palestrantes, sob aplausos dos militares sem comando, usaram uma linguagem de ódio e calúnias sem provas contra Lula e demais integrantes do governo. Não disfarçaram, estavam se sentido em casa, ainda mais com o apoio do Instituto Millenium, uma entidade bancada por empresários, nos moldes de outras criadas antes de 64 para respaldar o golpe.
Merval Pereira, tentando posar de moderado em comparação a Reinaldo Azevedo, que faz o gênero bobo da corte, do tipo que arranca risos com o seu radicalismo patronal, deixou claro sua posição contra a obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional chegando a afirmar o absurdo de que se trata de “um viés corporativo” associando a exigência ao desejo do governo Lula em controlar a mídia. Não explicou exatamente o que tem a ver uma coisa com a outra.

Merval desinformou também ao lembrar erradamente que o governo Lula propôs a criação do Conselho Federal de Jornalismo, quando isso não aconteceu. A proposta foi da diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), sendo rejeitada por mais diversos setores, muitos deles sem conhecer exatamente o projeto. Merval revelou desinformação. Foi um mau jornalista.

O obscuro Azevedo considerou a oposição ao governo Lula “sem vergonha e mixuruca” confirmando que os meios de comunicação estão ocupando o espaço da oposição, mas, segundo ele, na “defesa da Constituição”. O colunista da revista Veja usou inclusive termos ofensivos ao Presidente Lula, arrancando aplausos.

Há uma visível disputa na extrema direita de qual jornalista consegue mais adeptos. Além do filósofo reprovado por uma banca da USP, Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo tenta de todas as formas ocupar o espaço, disputado também por Diego Mainardi, hoje, como Olavo de Carvalho, vivendo no exterior. Arnaldo Jabor corre por fora.

Vale ainda um comentário sobre o Instituto Millenium, apoiador do seminário “A democracia ameaçada: restrições à liberdade de imprensa” realizado no Clube Militar. No fundo, bem lá no fundo, empresários que apoiaram a repressão policial na época da ditadura não se conformam com os novos tempos no Brasil e na América Latina. Decidiram então bancar o Instituto Millenium, uma entidade que ressurge do lixo da história do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), criada para apoiar o golpe de 64.

E qual a associação que se pode fazer entre o referido instituto e os militares sem comando que assistiram ao destilar de ódios dos três palestrantes? Empresários financiadores da repressão temem a abertura dos arquivos da época da ditadura que naturalmente vão mostrar oficialmente como agia o setor por detrás do pano, apoiando ações assassinas do Estado, como a Operação Bandeirantes. Como nesta história aparecem também alguns militares que agiram ilegalmente, os financiadores, aí sim verdadeiros culpados, se escondem e colocam na linha de frente alguns militares delinquentes. Nada a ver com a corporação militar.

É por aí que se pode entender a associação entre o Instituto Millenium e os militares que foram ouvir Merval Pereira, Reinaldo Azevedo e o representante da Abert, Rodolfo Machado Moura. Ou seja, vale tudo para alcançar os objetivos, até mentiras como as apresentadas pelos três palestrantes no Clube Militar.

Em tempo: O Estado de S.Paulo abriu o jogo em editorial recomendando voto em José Serra, enquanto a Folha de S.Paulo desancou sobre a candidatura Dilma Rousseff, mas dizendo que não apoia nenhum candidato. Vale então o dito popular: me engana que eu gosto. O Globo até agora nada em editorial, mas em compensação aumenta a quantidade de páginas de críticas a Lula e a Dilma Rousseff.

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